Capital do PR reforça veia gastronômica
Cidade conta com restaurantes e cafeterias de vanguarda, além de uma cantina tradicional com 5.000 lugares
Rota a ser feita a pé ou de bicicleta leva a diferentes parques da cidade, com direito a teatros e cachoeiras
O turista em Curitiba pode sucumbir ao pecado da gula. A gastronomia tem atraído cada vez mais visitantes e se tornado um dos principais atributos locais.
Dois nomes que têm ganhado destaque nacional montaram por lá os seus negócios: a chef Manu Buffara, que estagiou em casas como o dinamarquês Noma (eleito melhor restaurante do mundo por duas vezes) e o barista carioca Léo Moço.
No Manu, a aposta é em uma cozinha brasileira de vanguarda, servida apenas em menus-degustação; no Barista Coffee Bar, cafés garimpados pelo país são tirados sem frescura.
CERVEJAS
A cena etílica também é vibrante --Curitiba é um polo da chamada "revolução cervejeira", de valorização do trabalho artesanal. São da região metropolitana marcas celebradas como Way, Dum, Bodebrown e F#%*ing Beer.
Mas também há espaço para a tradição. Das receitas com pinhão e do quentão (em Curitiba feito com vinho) servidos nas feiras livres à fartura do cardápio dos imigrantes que fez a fama do bairro Santa Felicidade.
É por ali que estão casas como a cantina Madalosso, conhecida por seus 5.000 lugares. Em mais de 50 anos, o frango com polenta segue sendo campeão de pedidos.
A rua Itupava é outro centro gastronômico curitibano, com locais como o Bella Banoffi, famoso pelas tortas que dão nome à casa --de origem europeia, elas levam banana e doce de leite.
Mais um prato típico que vale conhecer é a "carne de onça" da Mercearia Fantinato: uma mistura de carne moída crua, temperos e azeite, finalizada na mesa do cliente.
O bairro Batel ainda concentra uma feirinha famosa pelos "pierogi" (tipo de pastel assado polonês) e novidades como uma filial do Hard Rock Café, aberta em maio.
ENTREPARQUES
Além da comida, outra atração curitibana indelével são os parques e praças.
Um deles é o bosque João Paulo 2º, projetado pelo paisagista Burle Marx, aos fundos do Centro Cívico.
A saída dele pode ser feita a pé ou de bicicleta, para um passeio que se abre para uma rota entreparques.
O roteiro pode levar ao parque São Lourenço, às belezas da ópera de Arame (teatro que é símbolo da cidade), no parque das Pedreiras Paulo Leminski, e à "dupla" Tingui e Tanguá --neste último, especialmente belo, há um mirante e uma queda-d'água.
Se o domingo tiver tempo firme, reserve a manhã para mergulhar em uma Babel cultural na feira do Largo da Ordem, no centro histórico.
São oito quadras e mais de mil barracas com os mais diversos produtos, com artesanato e comidinhas.
Vale explorar ainda a profusão de arquiteturas na região --por ali fica a mesquita Imam Ali ibn Abi Talib, inconfundível pela beleza de sua cúpula central e seus dois minaretes.
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NA INTERNET
Veja endereços dos restaurantes e mais fotos de atrações da cidade em folha.com/turismo