Veja dicas para viajar por conta própria
Ferramentas de economia compartilhada ajudam a economizar e a combater a solidão em refeições e passeios
Por segurança, turista deve ter cópias digitalizadas de documentos e deixar itinerário avisado
Estando ou não acompanhado, em viagens há que se tomar cuidados com segurança –mas quem está sozinho precisa redobrar a atenção, pois não terá alguém para dividir a responsabilidade.
Envie para o seu e-mail cópias de documentos, dados do cartão de crédito e do seguro-viagem. E, se possível, deixe alguém avisado (no Brasil ou até o recepcionista do hotel) de seu itinerário –sem alardear a todo tempo que está sozinho ou sozinha.
No local, tenha sempre um mapa à mão e pesquise os costumes da região e as redondezas de onde vai ficar. Reúna o máximo possível de informações antes da viagem.
"Hoje é muito rápido solucionar dúvidas em blogs e redes sociais", diz o analista de TI Wilson Lima, 27, que já encarou três viagens sozinho. "Ter tanta gente disposta a compartilhar informações ajuda a vencer nossos receios e encarar a viagem sem medos."
A solidariedade local pode ser acionada em momentos como o da refeição. Especialmente por quem tem pavor de ir desacompanhado a um restaurante –embora o hábito seja comum em destinos como Paris, e a oferta de locais com mesas coletivas cresça em várias cidades.
Viajantes solo podem recorrer à economia compartilhada por ferramentas como o Eat With (eatwith.com), que desde 2012 promove almoços e jantares na casa de anfitriões locais, em mais de 30 países.
Há outras empresas do gênero, como Colunching (colunching.com) e VizEat (vizeat.com). E ideias semelhantes na hora de se hospedar (airbnb.com e couchsurfing.com), passear (rentalocalfriend.com e withlocals.com) e até viajar (lyft.com e blablacar.com).
MAPA-MÚNDI
Na hora de escolher o destino, saiba que cidades maiores costumam ser mais fáceis para marinheiros solitários de primeira viagem: como têm mais estrutura de transportes e informação turística, é mais simples entender o ambiente e pedir ajuda.
"Não falo quase nada de inglês e fui muito bem tratado na Inglaterra –parece haver uma atenção especial com quem está sozinho", conta o analista de sistemas Jefferson Fernandes, 41.
Cidades universitárias também costumam ser opção, já que oferecem intensa programação cultural e têm moradores em geral mais abertos aos estrangeiros.
Salamanca (Espanha) e Oxford (Inglaterra) são bons exemplos disso.
Para a primeira vez, também pode valer apostar em pacotes ou hotéis que estimulem a integração dos hóspedes.
Na rede chilena Tierra (tierrrahotels.com), os funcionários promovem integração nos passeios, inclusos na diária, nas mesas coletivas de refeições e espaços comuns.
Matricular-se em cursos (de idiomas ou gastronomia, por exemplo) é outra ferramenta usada por "solo travelers". As escolas costumam oferecer suporte constante aos alunos e atividades para incentivar o convívio social.