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20/08/2012 - 03h29

Maxim Vengerov, virtuose do violino, toca em São Paulo

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IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

De volta ao violino, instrumento que o consagrou, o russo Maxim Vengerov faz apresentação única amanhã, na Sala São Paulo.

Vengerov, que completa 38 anos de idade hoje, toca com Itamar Golan, pianista que o acompanhou nos recitais que fez no antigo Teatro Cultura Artística, em 1997.

Divulgação
O violisnista russo Maxim Vengerov, que toca em SP
O violisnista russo Maxim Vengerov, que toca em SP

Na capital paulista, Vengerov se apresentou ainda em 1994, no Municipal, e em 2006, na Sala São Paulo.

Em todas elas, o artista nascido na cidade siberiana de Novossibirsk e moldado pelo mítico professor Zakhar Bron mostrou técnica imaculada, sonoridade vigorosa e bem moldada e uma musicalidade profunda e expressiva.

Desta vez, o programa traz duas peças de seu elogiado recital no Wigmore Hall, em Londres, em abril deste ano, depois de quatro anos sem se apresentar em público na capital britânica, cuja gravação sai em CD em dezembro.

Uma é a "Partita nº 2" para violino solo, de Johann Sebastian Bach (1685-1750), cujo último movimento, a "Chacona", é um dos pontos culminantes do repertório para o instrumento sem acompanhamento.

A outra, "Sonata a Kreutzer", de Ludwig van Beethoven (1770-1827), que inspirou novela homônima de Tolstói, e cujas demandas para o instrumento equivalem às de um concerto com orquestra.

Se, em Londres, o programa foi complementado pela "Sonata para Violino e Teclado em Ré Maior Op. 1 nº 13", de George Friedrich Handel (1685-1759), aqui ele opta pela "Sonata para Violino em Lá Maior", de Franz Schubert (1797-1828).

"Trata-se de um programa no qual coloco Bach, minha paixão, ao lado dos clássicos vienenses. E tenho o prazer de me apresentar ao lado desse parceiro maravilhoso que é Itamar Golan", diz.

CONTUSÃO

Vengerov começou a estudar violino aos cinco anos de idade. Estourou internacionalmente com a vitória no Concurso Carl Flesch, em 1990 e, em 2008, devido a uma contusão no ombro, ficou três anos afastado de apresentações públicas com o instrumento. Nesse período, passou a se dedicar à docência e a regência.

"Hoje em dia eu tenho a chance de, por exemplo, tocar o concerto para violino de Beethoven na primeira parte de uma apresentação e, na segunda parte, reger a terceira sinfonia do mesmo compositor", conta.

"Reger mudou muito a minha relação com a música, mesmo nas obras em que eu já tocava como solista."

Ele ainda é professor da Royal Academy of Music, na capital britânica, e não faz hierarquia entre as atividades pedagógicas, peformances com o instrumento e com a batuta. "Para mim, as três coisas têm a mesma importância", afirma.

A diversificação das atividades, bem como a contusão, fez com que os fãs de Vengerov temessem que ele fosse se afastar do instrumento.

A volta oficial à carreira de virtuose do violino aconteceu em maio de 2011, em Bruxelas, executando o concerto de Brahms. À época, ele chegou a declarar que deixar de tocar o instrumento seria como parar de falar sua língua materna, o russo.

ROTINA PESADA

Atualmente, cumpre uma rotina intensa de atividades que inclui não apenas os grandes centros musicais da Europa, como apresentações em locais como Coreia, Japão e os Emirados Árabes Unidos.

Além do recital do Wigmore Hall, seus projetos fonográficos incluem as sonatas de infância de Mozart para duo de violinos e órgão.

A apresentação de hoje comemora os 20 anos do Ten Yad, instituição israelita beneficente de combate à fome.

 

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