Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/09/2012 - 04h44

Festival de Brasília 'sai do armário' na edição de 2012

Publicidade

IURI DE CASTRO TÔRRES
DE SÃO PAULO

O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro saiu do armário em sua 45ª edição.

A disputa de uma das mais tradicionais mostras de cinema do país apresenta filmes que discutem a questão da orientação sexual, além de identidade de gênero e relacionamentos afetivos entre pessoas do mesmo sexo.

"Kátia", da diretora Karla Holanda, será exibido nesta quarta (19) à noite e concorre ao prêmio de melhor documentário.

O longa conta a história de Kátia Tapety, 63, a primeira vereadora travesti do Brasil.

Eleita por três mandatos seguidos em Colônia do Piauí, cidade do sertão nordestino com de 7.000 habitantes, Kátia nasceu José, filho de uma família tradicional na política da região.
Para retratar essa curiosa vida, a diretora passou 20 dias ao lado da personagem.

"É uma figura que representa, mesmo que sem querer, conquistas avançadas em direitos humanos", diz Karla.

"Ela conquistou o respeito da comunidade sem esconder sua condição", afirma.

Para Sérgio Fidalgo, coordenador-geral do festival, é importante a mostra se abrir para essas histórias, para que elas não fiquem restritas a festivais voltados à produção LGBT, como o Mix Brasil.

É o caso, por exemplo, de "Esse Amor que nos Consome", longa de Allan Ribeiro que concorre ao prêmio principal do festival.

O filme conta como uma dupla, junta há 40 anos, luta para manter viva uma companhia de dança afro num casarão antigo no Rio.

"É uma superação diária de muitas adversidades", diz Gatto Larsen, 63, corroteirista do longa e fundador da Rubens Bardot Teatro de Dança, ao lado do companheiro.

"Vestido de Laerte", de Pedro Marques e Claudia Priscilla, brinca com a proibição do Laerte para usar banheiros femininos.

"Por meio da ironia, construímos uma linguagem de absurdo e nonsense", diz o cartunista da Folha.

Na Mostra Brasília, "A Caroneira", de Otavio Chamorro, e "Bibinha, a Luta Continua!", de Adriana de Andrade, também abordam o universo gay em suas tramas.

Carolina Daffara/Editoria de Arte
CINEMA COLORIDO Conheça os filmes do Festival de Brasília que abordam o universo LGBT
CINEMA COLORIDO Conheça os filmes do Festival de Brasília que abordam o universo LGBT
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página