Publicidade
Publicidade
Análise: Exposição evidencia como a arte se confunde com a fé
Publicidade
BEATRIZ VICENTE DE AZEVEDO
ESPECIAL PARA A FOLHA
O que significa o fato de o Brasil receber tantas exposições internacionais, algumas inéditas na América Latina, como é o caso de "Esplendores do Vaticano"?
Mostra na Oca tem relíquias da Santa Sé e obras de Michelangelo
Estamos falando de peças de muita importância histórica, cultural, artística e museológica, que nunca haviam sido expostas fora dos muros do Vaticano.
A Oca abrirá suas portas para uma jornada pela fé e pela arte que ilustra a evolução da igreja, da época paleocristã aos dias atuais, com ênfase especial na arte e nos objetos históricos que refletem os eventos e os períodos mais significativos relacionados ao cristianismo.
Teremos acesso a um acervo relevante, que exibirá artigos pessoais de Michelangelo, obras de Guercino e fragmentos dos primeiros séculos da era cristã, todos de valor e raridade inestimáveis.
Mesmo que não vá a Roma, o público também poderá ter a sensação de estar lá, com o uso de recursos tecnológicos. A mostra conta com uma grande projeção das imagens dos afrescos pintados por Michelangelo. Por meio desses elementos, a Oca se transforma na Capela Sistina.
Além desses recursos virtuais, a exposição consegue deixar claro que, em alguns momentos, a arte e a fé se confundem. Um campo está sempre permeado pelo outro, não são esferas conflitantes, e sim complementares.
Na Oca, a mostra está dividida em 11 galerias temáticas, organizadas de acordo com um projeto pedagógico.
Dentre as galerias, aquela intitulada "Diálogo com o mundo de culturas cristãs e não cristãs" expõe objetos de várias partes do mundo, de significativa importância cultural, reunidos no Vaticano.
Enfatizando o diálogo entre fé e arte, essa galeria esclarece a relação do cristianismo com outras culturas. Um dos exemplos é o pergaminho de ouro chinês, do século 19, que pertence à Pontifícia Universidade Urbaniana de Roma.
O molde da mão de João Paulo 2º, cuja beatificação ocorreu recentemente com grande afluxo de fieis ao Vaticano, e o brasão do papa Bento 16 são bastante representativos de como a história também se mistura à fé.
A pertinência da mostra na Oca não se restringe, portanto, a sua beleza e raridade. Diante de peças que remontam parte da história ocidental, a exposição nos faz refletir sobre a necessidade urgente de preservar os bens culturais da nossa sociedade.
BEATRIZ VICENTE DE AZEVEDO é diretora do Museu de Arte Sacra de São Paulo.
+ CANAIS
+NOTÍCIAS EM ILUSTRADA
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice