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22/10/2012 - 05h55

Bandas inéditas são destaque no Planeta Terra

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DE SÃO PAULO

Com shows inéditos aguardados há anos (Suede, Garbage, Gossip), repetecos bem-sucedidos (Kings of Leon) e novidades bem-vindas (Azealia Banks), o festival Planeta Terra cumpriu expectativas em sua sexta edição, realizada no sábado (20), no Jockey Club de São Paulo.

Os indies e saudosistas dos anos 1990 puderam finalmente assistir a duas bandas marcantes do período, o Suede e o Garbage, com seus vocalistas-estrelas e seus sucessos calcados em guitarras fortes e melodias pop.

Deslocado para o horário que seria ocupado pelo Kasabian (que cancelou o show por motivos de saúde), o quinteto britânico Suede entregou tantos hits quanto couberam em 60 minutos.

O vocalista Brett Anderson mostrou ainda estar com a garganta e o visual em dia, incluindo a franjinha levantada por ventiladores.

Quem também se apresentou em boa forma e bom ânimo foi a diva ruiva Shirley Manson, à frente do Garbage.

Pesada, distorcida, a performance da banda fez jus à espera por vê-los no Brasil, especialmente na primeira metade do show, pontuada por grandes canções como "I Think I'm Paranoid", "Stupid Girl" e "Cherry Lips".

A tribo indie que vibrou com os veteranos também conferiu a primeira vinda (após alguns cancelamentos) do Gossip, trio americano liderado pela carismática Beth Ditto, que subiu ao palco cantando o "oi oi oi" de "Avenida Brasil" e desceu dele para dar selinhos nos fãs.

Enquanto o Gossip fechava a noite no palco indie, no principal reinava o rock de multidão do Kings of Leon, que já começou a mil com "Molly's Chambers", seu primeiro hit, e seguiu na mesma pegada até o encerramento.

Antes deles, a novata rapper Azealia Banks subiu ao palco de coturno, top brilhante e shorts para um show tão curto (30 minutos) quanto explosivo. Nem uma falha de som na hora de seu hit, "212", estragou seu brilho.

Realizado pela primeira vez no Jockey, após três anos no Playcenter, o festival ficou mais confortável graças à maior área livre de sua nova sede, o que facilitou a circulação e a vista dos palcos.

Perdeu, no entanto, o charme dos brinquedos do parque, bem como qualquer lugar que protegesse da chuva. A estrutura de banheiros fixos, substituídos pelos temerários sanitários químicos, também fez falta.

Segundo a organização, os 30 mil ingressos se esgotaram --cambistas os vendiam com desconto na noite do evento--, o que representou um acréscimo de 10 mil pessoas em relação às últimas edições.

Mas o início de tarde chuvoso retardou a chegada do público e fez com que as primeiras atrações, como o duo Madrid e a cantora Mallu (ex-Magalhães), tocassem para poucos. Após uma falha no som durante seu show, Mallu foi às lágrimas.

Entre os brasileiros, quem se saiu melhor foram os goianos da Banda Uó, que fizeram uma espécie de "Xou da Xuxa Indie", misturando brega, rock e electro.

O resto das atrações oscilou entre o ok (Little Boots, The Drums) e o moderadamente empolgante (Best Coast, Maccabees). Agora é só pensar em um "line-up" mais empolgante para 2013. (IURI DE CASTRO TÔRRES, MARCO AURÉLIO CANÔNICO, MAYRA MALDJIAN, RODRIGO LEVINO E RODRIGO SALEM)

*

TERRÁQUEAS

Valeu
O festival apresentou bons shows inéditos no país, como das bandas Suede, Garbage e Gossip; o espaço amplo facilitou a circulação do público; não houve atrasos nas apresentações; havia boas opções de comida e bebida, e a cerveja estava gelada; as filas não eram longas; os caminhos que levavam aos shows estavam bem sinalizados.

Não valeu
O "line-up" do festival, que no ano passado trouxe Strokes, não contou com um nome à altura; a banda Kasabian cancelou sua apresentação; o evento perdeu o charme do Playcenter, que fechou; faltaram lugares cobertos para se proteger da chuva; houve problemas técnicos de som, principalmente nos shows de Mallu e de Azealia Banks.

Ombreira
O Planeta Terra proibiu quem tentou assistir aos shows montando nos ombros de outra pessoa. Os seguranças do evento pediam para as pessoas descerem. Ruim para tirar fotos, bom para garantir a boa visibilidade na plateia.

 

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