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04/01/2013 - 05h59

"Detona Ralph" tenta ser o 'Toy Story' dos games

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DE SÃO PAULO

Em uma das melhores sacadas de "Detona Ralph", diversos vilões de games clássicos, como Rei Koopa, de "Super Mario Bros.", e Zangief, de "Street Fighter", formam um grupo de autoajuda.

Eles não suportam mais a vida de maldade eletrônica, apanhando dos heróis comandados pelos jogadores, e desafogam a mágoa.

Mas conseguir esses personagens, pertencentes a companhias diferentes, não foi fácil. "Conversamos honestamente sobre como usaríamos cada um deles, mostramos até os storyboards", explica o diretor Rich Moore, que faz sua estreia na Disney após anos em "Os Simpsons".

Divulgação/Disney/Associated Press
Em cena de "Detona Ralph", o personagem principal ajuda antigos heróis de games, sem emprego após o esquecimento
Em cena de "Detona Ralph", o personagem principal ajuda antigos heróis de games, sem emprego após o esquecimento

O Ralph (voz original de John C. Reilly) do título é um dos insatisfeitos com o status imutável dos videogames. Dá nome à própria máquina de fliperama, mas vive só, já que é o vilão do jogo.

"A dificuldade do longa foi criar um vilão não tão malvado ao ponto de virar antipático para o público", conta Moore, 49, fanático por games desde criança.

"Eu basicamente passei meu colegial jogando 'Pac-Man'. Meus pais quase ficaram insanos", brinca. "Por isso que topei fazer 'Detona Ralph', para trazer essas minhas memórias de volta."

Como uma espécie de "Toy Story" dos videogames, o desenho animado brinca com velhos jogos abandonados (há vários protagonistas que viraram mendigos) e com a ideia de como é difícil também para um game manter-se relevante por alguns anos.

Na tentativa de ganhar uma medalha para ser reconhecido como um herói, Ralph invade outras máquinas, inclusive a moderna "Hero's Duty", mistura de "Gears of War" e "Halo", dois games que são um sucesso hoje em dia.

"É impressionante o quanto esses jogos evoluíram em tão pouco tempo desde 'Doom' [título pioneiro, de 1993]. Hoje, as histórias dos games são tão boas quanto as de um filme", diz o animador.

Para os mais velhos, o longa é um festival de referências. Há um bar retirado de um jogo politicamente incorreto chamado "Tapper", de 1983, e a participação do DJ superstar Skrillex.

"Ele adora animações e adorou sua versão digital", conta Moore, que afirma não ter pensado em chamar outro DJ, Deadmau5, conhecido por usar uma máscara parecida com a do Mickey. "É uma ótima ideia para a sequência." (RODRIGO SALEM)

 

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