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Crítica: 'Pulp Fiction', de Tarantino, tem algo de amador, no bom sentido
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INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Se é possível pensar em "Pulp Fiction - Tempo de Violência" (TC Action, 0h15, 18 anos) como o melhor Quentin Tarantino é porque ali existe algo de amador. No bom sentido.
Quentin ainda é inexperiente para cuidar de cada plano que filma como se fosse um filho. Mas seu humor é o melhor. Uma bela vítima é Marsellus Wallace, o chefão.
Marsellus é quem pede a um de seus gângsteres, John Travolta, que saia com sua garota, Uma Thurman, e faça tudo que ela quiser.
Belo segmento: da cenografia do bar até a dança entre Uma e John, o mais sensual momento do filme. E depois Uma exige que John faça, mesmo, tudo que ela quer. Mas não era nesse "tudo" em que Marsellus pensava. Dançar bem pode criar muito problema.
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