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Bienal de Arquitetura de Veneza abre neste sábado com presença brasileira
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DA FRANCE PRESSE, EM VENEZA
O principal encontro da arquitetura mundial, a 12ª edição da Bienal de Arquitetura, abre neste sábado, em Veneza, prosseguindo até 21 de novembro. Dirigido pela arquiteta japonesa Kazuyo Sejima, ganhadora este ano do prestigiado prêmio Pritzker, evento tem como fio condutor o tema "As pessoas encontram a arquitetura".
Na Bienal, o futuro está presente nas propostas de um grupo de seis arquitetos brasileiros, todos nascidos depois da criação de Brasília, há 50 anos - cidade comemorada en forma especial no pavilhão do Brasil, como emblema do modernismo, "da utopia e de um mundo justo e igualitário".
A trajetória do artífice de Brasília, o mestre centenário Oscar Niemeyer, que possui mais de 600 projetos arquitetônicos no mundo em mais de 70 anos de carreira, é ilustrada através de maquetes, - entre elas uma original da Praça dos Três Poderes -, vídeos e projetos, inclusive os mais recentes, como o Auditório de Ravello, no sul da Itália, inaugurado este ano.
A Bienal ocupa os amplos espaços da Arsenale, antiga fábrica de barcos venezianos, contando com a participação de 48 escritórios de arquitetura de todo o mundo em sua mostra principal.
Completarão o evento os cerca de 50 pavilhões nacionais instalados na área dos Jardins.
Entre aqueles que despertam curiosidade está o do Chile, que dedicará seu espaço à reconstrução, após os devastadores terremoto e maremoto de 27 de fevereiro de 2010.
O pavilhão chileno, cercado de polêmica desde antes de sua abertura, ficará a cargo do arquiteto Sebastián Gray e apresentará 17 propostas arquitetônicas, urbanísticas e sociais para um país sujeito a catástrofes naturais.
Sob o título "8.8", em alusão à magnitude em escala Richter do tremor, o país sul-americano fará um convite à reflexão sobre as diferentes formas de enfrentar a destruição, o medo e a morte gerados por um evento destas proporções.
Pela primeira vez estarão representados na Bienal de Arquitetura países como Albânia, Bahrein, Irã, Malásia, Marrocos e Ruanda, com a intenção de responder à pergunta-chave do evento: chegar e sentir as pessoas.
Além de percorrer os três mil metros quadrados da exposição, divididos em blocos, os visitantes poderão participar de vários eventos paralelos, entre eles os "Sábados da arquitetura", com colóquios e debates com personalidades de renome, entre os quais Vittorio Gregoretti e Richard Burdett.
Entre os convidados estarão o influente holandês Rem Koolhaas, que receberá durante a cerimônia de inauguração o Leão à Carreira 2010, bem como o americano Frank Gehry, que apresentará seu projeto para a Fundação Luma, na cidade framcesa de Arles.
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