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"Inquietos", de Gus Van Sant, abre seção "Um Certo Olhar" de Cannes
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DA EFE, EM CANNES
O cineasta americano Gus Van Sant, acostumado a transitar pelas linhas comercial e independente, volta ao cinema com "Inquietos", um romance que conta a história de um casal de jovens preocupados com a mortalidade, com o qual abriu a prestigiosa seção "Um Certo Olhar" em Cannes.
Após perder o avião e cancelar sua presença prevista para quinta-feira, o diretor compareceu nesta sexta à imprensa rodeado do elenco juvenil do longa, produzido também pela atriz Bryce Dallas Howard, protagonista de "A Vila".
Van Sant já ganhou a Palma de Ouro e o prêmio de Melhor Diretor, no Festival de Cannes, por "Elefante" (2003), e recebeu duas indicações ao Oscar de Melhor Diretor por "Gênio Indomável" (1997) e "Milk - A Voz da Igualdade" (2009).
"Com a história de Will Hunting, ("Gênio Indomável") foi a primeira vez que atuei em uma atmosfera mais 'mainstream', e descobri que podia olhar algo de um ponto de vista otimista. Suponho que haja uma parte de mim assim", explicou Van Sant.
Efe | ||
Cena do filme "Inquietos", do diretor Gus Van Sant |
Porém, essa história de superação não tinha sobre si o peso da morte, como pode ser visto em "Inquietos", filme em que o estreante Henry Hopper (filho do ator Dennis Hopper) e a atriz Mia Wasikowska, conhecida por ser a "Alice no país das maravilhas", de Tim Burton, vivem uma história de amor, enquanto a jovem enfrenta o câncer.
"Quando um adolescente está enfrentando uma doença catastrófica, embora não necessariamente terminal, sente a necessidade do sentimento de negação do que realmente é", afirma.
O diretor do longa explica que "nestes casos, a família é muito superprotetora. Segundo ele, "a irmã de Annabel não quer brincar, nem falar de ideias existencialistas sobre passagem do tempo" e é por isso que recorre ao personagem de Enoch.
"Uma pessoa mais próxima, mas não da família, pode se transformar em seu melhor amigo nessas circunstâncias", afirma.
O diretor aposta em um ambiente encantador, passado na cidade de Portland, e cria esses pequenos momentos de excentricidade mágica - os jovens se conhecem em um funeral -, ajudando a superar o estorvo de contar uma história mil vezes já vista na telona - como "Love Story - Uma História de Amor"(1970) e "Doce Novembro" (2001).
Trata-se de uma maneira de atingir a autenticidade da emoção e levar a plateia às lágrimas, ainda mais em um ambiente tão sério como o de Cannes.
"Há no filme, inclusive, uma homenagem ao cinema francês", disse o cineasta, que 'pinta' Wasikowska como Jean Seberg e transforma Henry Hooper em um boêmio atemporal.
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