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Vale vai manter supernavios apesar de rachadura em embarcação
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DENISE LUNA
DO RIO
A Vale não vai alterar seus planos de continuar utilizando navios de grande porte para transporte de minério de ferro, apesar dos problemas enfrentados pelo Vale Beijing no porto de Ponta da Madeira, no Maranhão, disse nesta quinta-feira um diretor da mineradora durante o Vale Day da empresa, em Londres.
O Vale Beijing teve seu carregamento interrompido nesta semana devido a uma rachadura no casco, segundo a Capitania dos Portos.
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Casco de navio da Vale tem rachaduras, diz Capitania dos Portos
O diretor de Minério de Ferro e Estratégia da Vale, José Carlos Martins, admitiu que o problema ocorrido com a embarcação é sério, mas que em nada altera os planos estratégicos da companhia de ter 19 navios com a mesma capacidade em sua frota própria e outros 16 afretados de terceiros.
"Nós acreditamos que o navio é bom para o cliente porque reduz o custo. É uma questão estratégica", afirmou Martins.
O Vale Beijing, construído pela sul coreana STX, ontem começou a ser removido do porto para reparos após ameaçar afundar enquanto estava sendo carregado com minério de ferro. O navio tem capacidade para 400 mil toneladas.
De acordo com Martins, a STX ainda avalia a causa do problema e não é possível informar o que aconteceu com o navio.
"O problema é muito sério, mas precisamos esperar as conclusões da empresa. Espero que eles tenham um boa explicação", afirmou Martins.
Ele lembrou que outros navios do mesmo tamanho estão operando sem nenhum problema para a Vale, como o Vale Brasil, que já estaria na sua quinta viagem, o Vale Rio de Janeiro e o Vale Itália.
Martins amenizou também o fato dessas grandes embarcações não conseguirem atracar em portos chineses, afirmando que aos poucos os portos serão adaptados, assim como aconteceu os aeroportos com a chegada de aviões maiores.
"É questão de tempo que esse tipo de navio seja mais usado na rota Brasil-Ásia", afirmou.
Biaman Prado - 6.dez.11/Reuters | ||
Supernavio a serviço da Vale, que apresentou rachaduras no casco, é levado para área distante da costa |
DEMANDA
O diretor avaliou que a demanda chinesa continuará crescente e lembrou que no passado a Vale perdeu dinheiro por não ter navios para transportar minério de ferro para a China.
Ele previu também preços estáveis para o produto, que é matéria prima do aço, nos próximos dois a três meses, mas admitiu que no momento há uma expectativa de tendência de queda.
"Os preços devem se manter em um intervalo entre US$ 140 e US$ 150 a tonelada", informou.
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