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Endividamento dos paulistanos volta a crescer em julho
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DE SÃO PAULO
Os incentivos do governo ao consumo parecem ter convencido os paulistanos a voltar às compras. Pesquisa feita pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) mostra que, em julho, a quantidade de famílias endividadas cresceu 2,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
De acordo com o estudo, 50,9% das famílias tinham algum tipo de dívida em julho, diante aos 48,7% apurados no mês anterior. Também houve aumento em relação a julho de 2011, quando a taxa ficou em 47,3%.
O índice vinha apresentando quedas significativas em 2012. Em maio, por exemplo, chegou ao menor patamar no mês desde 2004. No entanto, analistas dizem que agora o consumidor está conseguindo estabilizar seu orçamento, terminando de pagar as compras feitas em condições favoráveis no início do ano e voltando a consumir.
Além disso, contribuem para o endividamento das famílias a melhora da confiança do consumidor, a manutenção de uma taxa de emprego favorável, a manutenção do nível de renda, o crescimento da massa salarial e a redução de impostos de alguns produtos, como carros e bens da linha branca.
A redução dos juros bancários capitaneada pelo governo federal também ajudaram, já que tornaram mais atraente o crédito para o consumo.
INADIMPLÊNCIA
O estudo aponta também um recuo na inadimplência, que passou de 21,5% em maio para 19,8%.
O número de famílias que afirmam não ter condições de pagar total ou parcialmente suas dívidas também caiu: de 5,4% para 4,8%.
Dentre esses consumidores, 38,6% têm débitos vencidos há mais de 90 dias, 16,4% por até 30 dias e 42,7% entre 30 e 90 dias.
PERFIL
No mês passado, 19,8% dos paulistanos afirmaram estar comprometidos com dívidas por mais de um ano, 38,1% de três a seis meses e 22,8% por menos de três meses.
A parcela da população que comprometeu entre 11% e 50% de sua renda mensal é de 55,1%. 27,6% comprometeram menos de 10% da renda familiar e 14,8% comprometeram mais de 50%.
FAVORITO
O principal meio utilizado para adquirir essas dívidas continua sendo o cartão de crédito. Cerca de 80% dos paulistanos têm alguma dívida nesta forma de pagamento, um recorde histórico.
A participação dos carnês caiu de 17,6% para 15%, e a do crédito pessoal, que recuou uma posição e é, agora, a terceira forma mais comum de endividamento, apresentou retração de 19,3% para 12,5%.
A pesquisa foi feito com cerca de 2.200 consumidores no município de São Paulo.
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