Bombardier diminui gastos para desenvolver novos aviões

A Bombardier mandou os empregados da unidade aeroespacial suspenderem gastos desnecessários no restante do ano para ter caixa suficiente para os caros programas de desenvolvimento dos modelos C-Series e Learjet 85.

A terceira maior fabricante de aviões do mundo disse em comunicado interno de 5 de setembro a mais de 35 mil funcionários do setor aeroespacial que devem preservar o caixa para as prioridades da companhia canadense, afirmou a porta-voz Haley Dunne nesta segunda-feira.

O vice-presidente financeiro Maired Lavery pediu no comunicado de "contenção de custos" que os funcionários suspendessem contratações não essenciais, cortassem viagens e outros eventos --como encontros fora da companhia e treinamento-- e fizessem menos uso de consultores.

"Estamos lembrando aos empregados que estamos em um período de muitos gastos em nossos programas de desenvolvimento", explicou Haley.

"Precisamos focar nosso caixa nas prioridades da companhia e para o resto do ano estamos pedindo que parem os gastos, se possível, em áreas não essenciais", acrescentou.

A Bombardier está gastando cerca de US$ 3,4 bilhões para desenvolver o C-Series, maior avião que já produziu. Atualmente está em fase de testes e planeja colocá-lo em operação em 2013.

A companhia não divulgou o preço do programa Learjet 85, já que o orçamento inclui outros aviões, como as novos aeronaves Global 7000 e 8000 e os Learjets 70 e 75, segundo a porta-voz. O Learjet 85 também deve ser entregue em 2013.