Setor de franquias registra aumento de 8% em um ano

Crédito: Divulgação Feira de Franquias da ABF, que aconteceu em junho em São Paulo (SP)
Feira de Franquias da ABF, que aconteceu em junho último em São Paulo (SP)

DE SÃO PAULO

A ABF (Associação Brasileira de Franchising) registrou um crescimento de 8% no setor em 2017, com faturamento total de R$ 163 bilhões.

Os dados foram divulgados na quinta-feira (11).

O presidente da organização, Altino Cristofoletti Junior, atribui o crescimento a iniciativas de inovação dentro das redes, enxugamento de custos e investimentos em novos produtos, além de gestão de marca e aumento do número de unidades pelo país, que chegou a 145 mil.

O número de redes, porém, teve retração de 6%. Hoje são 2,8 mil franqueadoras.

"Durante a crise, a população ficou mais atenta ao valor do dinheiro, por isso precisamos repensar as práticas e buscar formas de se aproximar do consumidor", diz.

O número de organizações que apostam em outros formatos de venda, como unidades móveis, quiosques e operações na casa do franqueado saiu de 6% para 9% do total em 2017.

Cerca de metade das franqueadoras optou por rever estratégias de marketing para cativar o consumidor.

O mercado ainda é bem brasileiro: quase 90% das franqueadoras surgiram no mercado local. As principais operações estrangeiras vieram de países como EUA, Japão, Espanha e França.

O investimento em novos produtos foi a aposta de 57,3% das redes, seguida por adaptações nos bens e serviços já vendidos e compra de novos equipamentos e softwares, opção de 45% das empresas.

O segmento de alimentação ainda é líder, com 34% de participação, embora tenha apresentado uma ligeira queda no gasto médio do consumidor, segundo Cristofoletti.

Mas houve crescimento de 4% na área de saúde, beleza e bem estar, que levou uma fatia de 16% do setor.

A empresa com o maior número de lojas é O Boticário, que mantém a primeira posição de 2016 e fechou o ano com 3.762 pontos de venda.

Na sequência, vêm as redes de alimentação AM/PM Mini Market, Cacau Show e McDonald's, com cerca de 2.000 lojas cada.

Para Cristofoletti, além do aumento no interesse por produtos saudáveis, redes de atendimento médico e outros ramos de saúde também se destacaram.

"A idade média do brasileiro está aumentando, junto com a procura por cosméticos e serviços de saúde, por exemplo", afirma.

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