Governo de SP define gestor de fundo para vender 267 imóveis

Crédito: Aloisio Mauricio /Fotoarena/Folhapress Governador de São Paulo Geraldo Alckmin durante coletiva sobre lançamento do edital para consulta pública da PPP dos Trilhos
Governador de São Paulo Geraldo Alckmin durante coletiva

ANAÏS FERNANDES
DE SÃO PAULO

O consórcio formado pela corretora paulista Socopa, junto com a gestora de recursos TG Core, venceu o pregão desta terça-feira (30) e vai administrar e operar o fundo imobiliário criado pelo Estado de São Paulo para vender 267 dos seus 5.000 imóveis em estoque.

A Socopa ficará responsável pelo FII (Fundo de Investimentos Imobiliário) por cinco anos, prazo que pode ser prorrogado.

"Depois de dois anos, o governo pode reavaliar o consórcio e nossa performance. Mas a Socopa tem um braço muito forte em administração de fundos, temos mais de R$ 30 bilhões sob administração. Estudamos o edital, percorremos os imóveis e estamos entrando para fazer o melhor trabalho possível", disse Marcelo Varejão, diretor da Socopa.

"O Estado tem 30 mil imóveis, muitos deles acabam sendo vendidos, o custo de manutenção é muito alto e o governo não sabe operar no mercado imobiliário", disse o governador Geraldo Alckmin (PSDB) logo após a definição do certame.

O portfólio do fundo foi avaliado pelo governo inicialmente em R$ 972 milhões.

Nessa primeira oferta ao mercado, foram selecionados imóveis com documentação regularizada e que o governo considera que podem ser vendidos com mais facilidade. No estoque, há unidades comerciais, residenciais, terrenos, barracões, oficinas e ginásios.

A maioria deles (188) está localizada na região metropolitana de São Paulo, mas há também opções em cidades do interior e propriedades rurais distribuídas por 57 municípios.

Alguns imóveis estão desocupados, outros, não, como um pátio de veículos da Polícia Civil na Mooca (zona leste), ou há ocupação irregular.

Além da alienação dos imóveis, outras negociações serão possíveis, como permutas ou participações do governo em eventuais investimentos nos terrenos. Hoje, o governo só pode receber pela venda de um imóvel em dinheiro.

"O principal objetivo do fundo é a alienação dos imóveis. Vamos analisar caso a caso e direcionar a melhor saída, podemos alugar ou propor uma incorporação, por exemplo", explica Varejão.

A CPP (Companhia Paulista de Parcerias), ligada à Secretaria da Fazenda, será responsável por conduzir a licitação, contratar o administrador e acompanhar a gestão do fundo.

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