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Acionista quer reabertura de negociação da Vivo à Telefónica
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DA REUTERS, EM LISBOA
O BES (Banco Espírito Santo) quer a reabertura da negociação da Vivo. O banco defende a venda da Portugal Telecom na empresa brasileira à Telefónica.
Uma das justificativas apontadas é de que grupo português tem alternativas de investimento no Brasil além da operadora Oi, disse o presidente-executivo do BES.
O BES, um dos maiores acionistas da Portugal Telecom com 8% do capital, está "disposto a apoiar uma decisão do Conselho de Administração da Portugal Telecom" de reinvestir no Brasil, se vender a Vivo.
"Pode ser a Oi, mas pode ser outra alternativa. Não conheço os detalhes das outras opções, mas as informações que tenho é de que a Oi tem um grande potencial", disse Ricardo Espírito Santo Salgado.
O executivo reafirmou que seria bom para todos --Portugal Telecom, Telefónica e governos de Portugal e da Espanha-- que houvesse uma abertura das negociações.
"Acredito que os acionistas da Telefónica também acham que a melhor forma de acrescentar valor para a Portugal Telecom e para a Telefónica era sentarem-se à mesa e solucionar a questão."
"De fato, será muito ruim para todos se isto for para um tribunal (de arbitragem)", acrescentou.
"O Estado português é que tem a chave para resolver a situação", completou o presidente-executivo do BES.
ENTENDA O CASO
A Telefónica da Espanha divide o controle da Brasilcel, dona da brasileira Vivo, com a Portugal Telecom. Em maio, a espanhola (que também detém participação na PT) fez uma proposta de 5,7 bilhões de euros pelos 30% da parte que a PT detém na Brasilcel. A portuguesa não quis vender sua participação e a Telefónica pressionou o mercado aumentando duas vezes a proposta até chegar em 7,15 bilhões de euro na véspera da assembleia da PT, ocorrida no dia 30 de junho.
Nesta assembleia, a comissão de valores de Lisboa vetou que os acionistas da Telefónica votassem, por serem acionistas na PT, devido ao conflito de interesses envolvido na questão. Mesmo sem a participação da espanhola na assembleia, a maioria dos acionistas concordou com a venda do percentual da Vivo à Telefónica.
Após essa decisão, o governo de Portugal utilizou suas 500 ações golden share (com poder de veto em negociações estratégicas) para impedir a venda.
Desde então, a CE (Comissão Europeia) e os mercados espanhol e português vêm discutindo a legitimidade da atitude do governo português, que segundo a CE, contraria os aspectos democráticos das negociações.
No dia 16 de junho, houve uma segunda assembleia com acionistas da PT, que terminou sem solução. No sábado (17), a Telefónica retirou a oferta de compra das ações, mesmo com o Tribunal de Justiça da UE (União Europeia) declarar ilegal o uso da golden share pelo Estado português.
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