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Queda do desemprego pode perder força com atividade menor no 2º semestre
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GIULIANA VALLONE
DE SÃO PAULO
O arrefecimento no ritmo da atividade econômica no país a partir do segundo semestre pode reduzir a queda na taxa de desemprego no país até o final do ano. De acordo com analistas do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), porém, a tendência para o índice continua sendo de queda.
A taxa de desemprego em sete regiões metropolitanas ficou em 12,4% em julho, ante 12,7% no mês anterior, segundo pesquisa realizada feita pelo Dieese em conjunto com a Fundação Seade. Em julho de 2009, a taxa havia sido de 14,8%. Em São Paulo, a taxa ficou em 12,6%, a menor para o mês desde 1992.
"O movimento normal da atividade econômica aponta para uma redução sazonal da taxa de desemprego. Mas essa diminuição depende um pouco do ritmo da atividade econômica, que, ao que tudo indica, teve redução no segundo trimestre", afirmou Francisco de Oliveira, coordenador de pesquisa do Dieese.
"No segundo trimestre, houve uma redução no ritmo de crescimento, com os problemas na Europa, o aumento de juros em decorrência da inflação. E isso se reflete no PIB [Produto Interno Bruto] e impacta a contratação de trabalhadores", disse Patrícia Lino Costa, economista do Dieese.
Entre os meses de julho de 2009 e 2010, a taxa de desemprego em São Paulo, Belo Horizonte, Distrito Federal, Porto Alegre, Fortaleza, Recife e Salvador caiu 16,2%. As maiores contribuições para o número vieram da capital mineira, com queda de 24,5% na taxa, e da capital gaúcha, com baixa de 25,8%.
As duas cidades são as únicas que registram índice de desempregados de apenas um dígito entre as regiões pesquisadas. Em Porto Alegre, a taxa em julho foi de 8,9%, enquanto em Belo Horizonte ficou em 8,3%.
De acordo com Oliveira, isso acontece porque essas regiões tem mercados de trabalho mais bem estruturados que as outras áreas pesquisadas.
As duas também estão entre as regiões com maior rendimento entre os trabalhadores. Em Belo Horizonte, o trabalhador recebia em média R$ 1.364, enquanto em Porto Alegre a renda dos ocupados era de R$ 1.294 em julho. São Paulo completa a lista, com rendimento médio de R$ 1.320.
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