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20/10/2010 - 20h56

Comércio chama decisão do Copom de 'cautelosa' e 'tecnicamente deplorável'

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DE SÃO PAULO

As entidades do comércio classificaram a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), de manter a taxa Selic em 10,75% ao ano, de "cautelosa" e tecnicamente deplorável".

Em nota, a Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) diz entender que o Banco Central deveria retomar, imediatamente, o ciclo de cortes da Selic, "de forma a atingir o objetivo mais preocupante do governo e da economia brasileira neste momento: a valorização do real ante o dólar" e chamou a decisão de "errada e tecnicamente deplorável".

"O BC deveria ter realizado no começo do ano a atual 'parada técnica', como a Fecomercio defendia. Agora, com o câmbio em alta por conta dos juros elevados do país, fica muito mais difícil administrar a extrema valorização cambial", afirma o presidente da Fecomercio, Abram Szajman.

Para a Fecomercio, adotar medidas restritivas à entrada de capital financeiro, como a elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para investidores, são atitudes insuficientes e de efeito limitado. "A entrada de recursos estrangeiros no Brasil se deve, principalmente, a percepção internacional de que nossa taxa de juros é muito elevada em relação ao risco inflacionário. Estamos pagando um prêmio muito maior do que qualquer economia na mesma situação", diz Szajman.

Já Alencar Burti, presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) e Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), disse que "a iniciativa do Copom foi extremamente cautelosa".

"Agora o Ministério da Fazenda e o BC terão que tomar medidas para evitar a desvalorização do dólar ante o real, que vem causando graves problemas para as exportações de produtos nacionais", disse em nota.

Para Orlando Diniz, presidente da Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro), a manutenção dos juros pelo Copom "está em sintonia com o cenário atual: alta sazonal dos preços de alimentos, valorização do real e crescimento mais brando da economia mundial".

"Às vésperas do Natal, um aumento na taxa de juros iria na contramão da expectativa para a principal data de vendas do comércio --ao bom desempenho do setor e à sua contribuição para o emprego. Mas é preciso ir além. Só será possível manter o ritmo de crescimento sem necessidade de elevar a Selic para conter a inflação, se o governo gastar de forma mais eficiente, com menos despesas correntes e mais investimentos", declara em nota.

 

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