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23/10/2010 - 10h47

Reunião do G20 termina com "reforma histórica" do FMI, diz Dominique Strauss-Kahn

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os ministros de Finanças das nações do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes) chegaram a um acordo neste sábado, ao término da cúpula na Coreia do Sul, que deve levar à "reforma mais importante já adotada" pelo Fundo Monetário Internacional", declarou seu diretor-gerente, o francês Dominique Strauss-Kahn.

"É um acordo histórico", embora, "por enquanto, trate-se de uma proposta que precisará ser apresentada ao Conselho de Administração do Fundo", explicou.

Segundo ele, os europeus aceitaram ceder dois dos nove assentos (de 24) que ocupam neste conselho, que será formado pelos "dez principais acionistas", Estados Unidos, Japão, França, Alemanha, Reino Unido, Itália, Brasil, Rússia, Índia e China.

As mudanças devem afetar ainda os mecanismos cambiais que permitem uma "desvalorização competitiva" das divisas, o que o G20 rejeitou oficialmente.

Ao término do encontro na cidade sul-coreana de Gyeongju, o organismo expressou em comunicado que "a recuperação da economia global continua avançando, embora de maneira frágil e irregular", e apoiou um "sistema de taxas de câmbio determinado pelo mercado, que reflita os fundamentos econômicos".

O G20 chegou a acordo para outorgar um maior peso aos países emergentes e em desenvolvimento no FMI, para torná-lo "mais efetivo, crível e legitimado".

Os países em desenvolvimento, até agora "pouco representados", terão uma parcela ao redor de 6%, mais do que tinha sido decidido anteriormente pelo G20 (5%).

Os ministros de Finanças do grupo também se mostraram a favor de proteger a "margem de voto dos mais pobres" no Diretório Executivo do Fundo, de 24 membros e onde a Europa cederá dois assentos, segundo decidiu hoje o G20.

Além disso, o fórum rejeitou "a desvalorização competitiva das divisas", um dos assuntos que dominaram os debates durante seus dois dias de reuniões.

O G20 expressou seu apoio para "mitigar o risco de excessiva volatilidade nos fluxos de capital rumo aos países emergentes", o que se intensificou com a crise.

Além disso, as autoridades presentes ao encontro reafirmaram seu compromisso para colaborar para "um crescimento forte, sustentado e equilibrado", e observaram que o ritmo da atividade econômica continua sendo "modesto" em muitas economias avançadas, embora seja "forte" em vários mercados emergentes.

Em seu comunicado, o G20 reiterou seu apoio aos planos de consolidação fiscal a médio prazo nas economias avançadas, "segundo as circunstâncias nacionais", e a uma política monetária "apropriada para conseguir estabilidade de preços que contribua para a recuperação".

PRESSÃO DOS EUA

Ainda na sexta-feira (22), os Estados Unidos pressionaram os membros do G20 com superavit comerciais a reformar seus sistemas cambiais para fortalecer a economia mundial.

"Os países do G20 com superavits persistentes devem iniciar reformas estruturais, orçamentárias e políticas das taxas de câmbio para reforçar as fontes internas de crescimento e apoiar a demanda mundial", destaca uma carta, assinada pelo secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner.

O texto americano não faz referência a nenhum país em particular, mas Washington deseja uma valorização do yuan chinês, cuja baixa cotação ajuda as exportações do gigante asiático.
Geithner propõe que os desequilíbrios das balanças externas dos países do G20 não superem um determinado percentual do PIB (Produto Interno Bruto), mas não estabelece um limite.

 

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