Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
15/12/2010 - 18h41

Bovespa fecha em baixa de 1,27% e apaga valorização de 2010

Publicidade

EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO

Atualizado às 19h30.

Os mercados financeiros acenderam "o sinal amarelo" na rodada de negócios desta quarta-feira, depois que a agência de classificação de risco Moody's alertou que pode rebaixar o "rating" (nota de risco de crédito) da Espanha, uma das economias mais importantes da Europa. Tanto as Bolsas europeias quanto a brasileira Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) encerraram o dia em terreno negativo.

O Ibovespa, principal termômetro dos negócios da Bolsa paulista, retrocedeu 1,27% no fechamento, para os 67.870 pontos, anulando, mais uma vez, os ganhos acumulados neste ano.

O giro financeiro foi alto, de R$ 8,6 bilhões, mas foi inflado pelo vencimento de opções sobre índice (que movimentaram R$ 2,4 bilhões). Opções são contratos em os agentes financeiros negociam direitos de compra ou de venda de um ativo financeiro, e que devem ser exercidos até um determinado prazo. Quando se aproxima o prazo para expirar esses contratos, o mercado à vista tende a ficar mais volátil.

Na Europa, a Bolsa de Madri afundou 1,50%, enquanto as demais Bolsas do continente caíram entre 0,1% e 0,5%. Nos EUA, a Bolsa de Nova York ainda opera, tendo leve alta de 0,08%.

"A questão da Espanha realmente reforçou as preocupações e, no mercado de commodities [matérias-primas] houve vendas pesadas em função disso", diz Waldney Trindade, da mesa de operações da Uniletra Corretora.

"A não ser que aconteça uma notícia muito boa, que realmente mexa com o mercado, acredito que nós vamos nesse ritmo, em 'banho-maria', por vários meses ainda", afirma, comentando sobre as projeções mais otimistas, que viam o Ibovespa acima dos 75 mil pontos no final deste ano.

O dólar comercial foi negociado por R$ 1,701, em alta de 0,35%. A taxa de risco-país marca 168 pontos, número 3% acima da pontuação anterior.

"Até o dia 20 acho que vamos ter uma pressão de saída mais forte, com muita antecipação de pagamentos [ao exterior]. Muitas empresas grandes entram em férias coletivas nesta data, e não vão querer fechar operações na semana do Natal ou do fim de ano", comenta Vanderley Muniz, da mesa de operações da corretora Onnix.

Entre as primeiras notícias do dia, a agência de classificação de risco Moody's advertiu que o "rating" (nota de risco) da Espanha está sob revisão e que considera um rebaixamento devido às elevadas necessidades de financiamento do país, bem como por suas dúvidas sobre o setor bancário local e preocupações sobre as finanças regionais.

A analista-chefe da Moody's na Espanha, Kathrin Muehlbronner, ressalvou que a agência "não acredita que a solvência da Espanha esteja sob ameaça" nem que o país terá que pedir socorro financeiro ao bloco europeu, a exemplo da Grécia e da Irlanda.

Nos EUA, o Fed (Federal Reserve, o banco central desse país) reportou que a produção industrial teve um crescimento de 0,4% em novembro, contrastando com a queda de 0,2% registrada em outubro. Economistas do setor financeiro estimavam um incremento de 0,3%.

E o Departamento de Trabalho registrou uma inflação de 0,1% em novembro, ante 0,2% em outubro, pela leitura do CPI (índice preços ao consumidor, na sigla em inglês). Nos últimos 12 meses, o índice teve alta de 1,1%. Economistas do setor financeiro estimavam uma variação de 0,2% para o período.

BRASIL

O Banco Central informou que o fluxo cambial (diferença entre saídas e entradas de dólares) ficou positiva em US$ 32 milhões neste mês, até o dia 10. No acumulado deste ano, o saldo cambial está positivo em US$ 26,232 bilhões, abaixo dos US$ 27,646 bilhões contabilizados em idêntico período no ano passado.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página