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Empresários questionam, e ministra tenta defender IPI maior
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MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO
A ministra Miriam Belchior (Planejamento) teve que defender a medida que elevou o IPI para carros importados, anunciada na semana passada, a uma plateia de empresários em São Paulo.
O governo anunciou no dia 15 a elevação do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) para veículos importados ou que não atendam a novos requisitos de conteúdo nacional.
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A medida foi alvo de críticas durante evento organizado pelo Lide, grupo de empresários encabeçados por João Dória Jr.
"Adotamos essa medida, mas não significa que não possamos refletir e melhorá-la", afirmou Belchior. A ministra, entretanto, deixou claro que não estão previstas emendas até o fim da vigência da medida, em dezembro de 2012.
"Ninguém aqui está propondo mudança em uma medida que foi recém-lançada" disse. "Se for necessário, a gente faz mudanças, mas só depois do prazo de vigência da medida."
A mudança pode representar reajuste de 25% a 28% nos preços para o consumidor que comprar um carro que tenha menos de 65% de componentes fabricadas no país. O IPI sobe 30 pontos percentuais. Atualmente, o tributo varia de 7% a 25%, dependendo da potência e do tipo de combustível. Agora, ficará entre 37% e 55%. Para as montadoras que cumprirem a nacionalização exigida, não haverá mudança do imposto.
João Dória Jr. classificou a medida de "discriminatória" e "protecionista" e foi aplaudido. Ele questionou se a decisão de sobretaxar veículos importados era unânime entre os integrantes do governo.
"Tem-se a notícia de que o ministro de Indústria e Comércio [Fernando Pimentel] tinha uma visão diferente em relação a este tema e não teria apoiado num primeiro momento a decisão de sobretaxar os automóveis importados", afirmou Dória.
Miriam respondeu rapidamente.
"Essa é a posição do governo", afirmou. "Pode ter uma pessoa ou outra com essa posição, mas a do governo é a que foi adotada".
Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress | ||
DISCUSSÃO
Um representante do setor de auto-peças afirmou que os empresários do setor não foram ouvidos sobre as mudanças estipuladas. A ministra, novamente, respondeu enfaticamente. "O Ministério da Fazenda chamou o setor para discutir no âmbito do programa Brasil Maior, que se desdobrou em reuniões subsequentes", afirmou a ministra. "Duvido que haja governo que tenha discutido mais com o setor empresarial suas ações do que os governos Lula e Dilma."
Miriam Belchior defendeu que as empresas estrangeiras estão de olho no mercado consumidor brasileiro e que o governo tenta, com a medida, preservar empregos e as empresas nacionais.
"Essas empresas podem adaptar seus planos de negócios para gerar empregos aqui", afirmou.
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