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Dólar fecha em R$ 1,89; Banco Central volta intervir no mercado
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DE SÃO PAULO
Atualizado às 17h10.
O dólar comercial (utilizado para as operações de comércio exterior) atingiu R$ 1,892 (alta de 0,53%), em uma sessão marcada pela presença do Banco Central no mercado, exatos 11 dias após sua última intervenção.
Ainda operando, a Bolsa brasileira sofre perdas de 2,41%, pela referência do índice Ibovespa, que marca 51.086 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,26 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 1,88%.
A taxa de câmbio, que bateu R$ 1,918 no pico do dia, recuou para R$ 1,872 logo após a ação da autoridade monetária, mas voltou a subir pouco tempo depois.
Como no dia 22, a autoridade monetária também promoveu um leilão de "swap" cambial, o equivalente a uma operação de venda de dólares no mercado futuro.
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Em contraste com o segmento de negócios à vista (onde a troca de moeda é liquidada em dois dias úteis), no segmento "futuro" a liquidação financeira ocorre num prazo de semanas ou meses e serve para grandes agentes financeiros buscarem "hedge" (proteção) ou especularem com as oscilações de preço da divisa americana.
Hoje, o BC ofereceu quase 107 mil contratos, dos quais os bancos tomaram somente 33,4 mil, numa operação estimada em US$ 1,69 bilhão.
A autoridade monetária anunciou a operação às 15h28 (hora de Brasília), quando a taxa de câmbio oscilava na faixa de R$ 1,90 --preço já foi apontado por operadores ainda em setembro como um "teto" informal para a cotação.
O ambiente do mercado financeiro permanece tensionado pelas preocupações com a Grécia, e as possíveis consequências de um "default" (suspensão de pagamentos) para o setor bancário europeu. Hoje, causou apreensão o reconhecimento do governo grego de que não vai cumprir as metas de redução do deficit orçamentário para 2011 e 2012. Por enquanto, a percepção geral é de que essa circunstância não deve impedir que o país mediterrâneo ganhe acesso a novos recursos do FMI e de outros organismos internacionais.
Há expectativas pela reunião dos ministros das Finanças da zona do euro, em Luxemburgo, que pode sinalizar novas medidas para salvaguardar o setor financeiro europeu, enquanto prossegue a votação do fundo de estabilidade financeira nos parlamentos dos outros países do bloco econômico que ainda não apreciaram a proposta.
Na semana passado, o sinal verde concedido pelos legisladores alemães ao reforço desse fundo de estabilidade foi bem recebido como um indício de que a proposta deve ser aprovada nas demais casas legislativas.
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