Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
02/08/2010 - 19h13

Para advogado, Mizael não será réu em Guarulhos; ouça

Publicidade

DE SÃO PAULO

O promotor de Justiça de Guarulhos (Grande SP) Rodrigo Merli Antunes afirmou nesta segunda-feira que ofereceu denúncia (acusação formal) contra o policial reformado Mizael Bispo de Souza, apontado pela polícia como autor da morte da ex-namorada Mércia Nakashima. Antunes também pediu a prisão preventiva de Mizael, que está em liberdade, e a conversão da prisão temporária de Silva, que vence no dia 8, para preventiva (sem prazo).

Promotor detalha as acusações contra Mizael e Evandro; ouça
Veja vídeo com a versão da polícia sobre o caso Mércia
Delegado diz que Mizael mentiu durante depoimento e vai pedir sua prisão

Mizael foi acusado de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Desde o início das investigações, ele nega ter qualquer tipo de envolvimento com o crime. O vigia Evandro Bezerra Silva, acusado pela polícia de ajudar Mizael, foi denunciado por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Silva chegou a falar, em depoimento à polícia, que combinou de ir buscar Mizael na represa de Nazaré Paulista (64 km de SP) no dia 23 de maio --data de desaparecimento de Mércia--, mas depois mudou a versão e negou envolvimento com o crime.

Para o advogado de Mizael, Samir Haddad Filho, a Justiça de Guarulhos não vai aceitar a denúncia. Para ele, o despacho será encaminhada para Nazaré Paulista --local do crime. "Não existe nenhuma jurisprudência que diga que em virtude das testemunhas morarem na Comarca, o júri tem que ser lá", afirma.

Samir Haddad

ENTENDA O CASO

Mércia foi vista pela última vez na casa dos seus avós no dia 23 de maio. O carro da advogada foi encontrado no dia 10 de junho em uma represa na cidade de Nazaré Paulista, após indicação de um homem que viu o veículo ser empurrado enquanto pescava. No dia seguinte seu corpo foi encontrado no mesmo local, após ela ter ficado desaparecida por 17 dias.

O vigia Evandro Bezerra Silva, suspeito de participar do crime, foi preso em Sergipe no dia 9 e transferido para São Paulo. Em um primeiro depoimento, à polícia sergipana, o vigia negou qualquer envolvimento no crime, mas mudou a versão posteriormente, acusando o ex-namorado de Mércia. Ele disse que combinou com Mizael de buscá-lo na represa no dia do desaparecimento. Para a polícia, Silva e Souza criaram uma armadilha para Mércia.

"No calor da apresentação na delegacia, o Evandro disse o que ele quis. Só que ao mostrar as evidências ou ele negaria ou ele tentaria adequar a versão para minimizar a participação dele, como ele fez. Ele disse que não matou a Mércia, apenas socorreu o amigo que estava sozinho na beira da represa", afirmou o diretor do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) de São Paulo, Marco Antônio Desgualdo.

A prisão de Mizael já havia sido decretada no último dia 10. No entanto, ele não se entregou e no dia 14 a Justiça revogou a prisão.

Na semana passada, a Justiça negou pedido de liberdade em favor do vigia Evandro Bezerra Silva. O advogado José Carlos da Silva argumentou que seu cliente estava preso sem fundamentação legal, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo não concedeu liminar (decisão provisória) liberando o suspeito.

"A referida decisão, que decretou a prisão temporária do paciente, em princípio, não se mostra carente de fundamentação. Reconheceu evidenciada a fuga do paciente do distrito da culpa, aliada à presença de fortes indícios de envolvimento no delito em questão, elementos de convicção extraídos dos depoimentos acostados aos autos do inquérito policial", afirmou, na decisão, a desembargadora Angélica de Almeida, da 12ª Câmara de Direito Criminal.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página