Scliar era a voz da Academia, diz presidente da ABL

A ABL (Academia Brasileira de Letras) sentirá muito a ausência de Moacyr Scliar, diz Marcos Vinicios Vilaça, presidente da entidade. "Ele era a voz e o gesto da Academia", declara.

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Scliar, que morreu neste domingo aos 73 anos, era integrante da ABL desde 2003. Vilaça qualifica o escritor com uma pessoa de "fácil convivência".

"Ele era um homem voltado para juntar e isto está presente nos livros dele, a forma como escreveu, sem radicalismos. Ele foi um acadêmico apaixonado, mas sem passionalismos", diz o presidente da ABL.

Marcos Vinicios Vilaça

CARREIRA

Nascido em Porto Alegre e formado em medicina, o escritor e colunista da Folha publicou mais de 70 livros entre diversos gêneros literários: romance, crônica, conto, literatura infantil e ensaio.

Sua obra tem forte influência da literatura fantástica e da tradição judaica.

Integrante da Academia Brasileira de Letras desde 2003, Scliar recebeu prêmios Jabuti, uma das mais prestigiadas premiações literárias do país, em 1988, 1993, 2000 e 2009.

Entre suas obras mais importantes destacam-se os livros 'A Guerra no Bom Fim', 'O Centauro no Jardim', 'O Exército de um Homem Só' e 'Max e os Felinos'.