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17/11/2011 - 12h39

Rússia estuda conceder cidadania a milhares de sérvios do Kosovo

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DA EFE, EM MOSCOU

A Rússia estuda conceder cidadania a milhares de sérvios residentes no Kosovo, onde a maioria da população é albanesa, anunciou nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.

"Sem dúvida, estudaremos minuciosamente os pedidos. Do ponto de vista político entendemos bem os motivos dos sérvios do Kosovo", afirmou Lavrov em entrevista.

A resposta de Lavrov diz respeito ao pedido embasado em 21 mil assinaturas de sérvios enviado ao presidente Dmitri Medvedev e ao primeiro-ministro, Vladimir Putin.

Nesta semana, o ativista sérvio Zlatibor Djordjevic começa a campanha de envio de pedidos de cidadania à Chancelaria russa, com o argumento de que a segurança deles está ameaçada.

Djordjevic, que estimou em milhares os sérvios mortos no Kosovo, previu que em questão de dias milhares de pessoas irão aderir à campanha se a resposta russa for positiva.

"Do ponto de vista jurídico, na Rússia existe uma lei de cidadania que especifica quais casos os benefícios podem ser concedidos a estrangeiros", disse o ministro russo.

Lavrov ressaltou que a Rússia sempre ajudou aos sérvios do Kosovo, território que proclamou independência em fevereiro de 2008, "tanto do ponto de vista humanitário, quanto de conservação de sua cultura, seus costumes e tradições".

"Eles estão em uma situação desesperadora, sem esperança de futuro, desde que a resolução 1.244 da ONU foi violada e estão submetidos à ditadura da Pristina, que quer tirar do povo inclusive o direito a autonomia", declarou.

O chefe da diplomacia russa garantiu que a atual situação de discriminação dos sérvios do Kosovo é estimulada pelas forças de Otan e da União Europeia que permanecem na região.

"Defenderemos os direitos dos sérvios, em particular os do Kosovo, utilizando todas as possibilidades que permitem o direito internacional e as leis russas", insistiu.

Porém, a imprensa russa publicou que é pouco provável que a cidadania aos sérvios seja concedida, pois isso significa enfrentar diretamente a Otan.

Atualmente só 100 mil sérvios vivem no Kosovo, de onde 200 mil pessoas emigraram desde que em 1999 o controle do território foi assumido pela ONU.

Moscou considera que o diálogo é a única via de coexistência no Kosovo, cuja independência nunca foi considerada pela Rússia, que reconheceu apenas a das regiões separatistas georgianas da Abkhazia e Ossétia do Sul.

 

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