Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
17/11/2011 - 14h02

Ministra do Khmer Vermelho é considerada incapacitada para julgamento

Publicidade

DA EFE, EM PHNOM PENH

O tribunal internacional para o genocídio do Camboja declarou nesta quinta-feira que a ministra de Assuntos Sociais do Khmer Vermelho, Ieng Thirith, acusada de crimes contra a Humanidade e outros delitos, está incapacitada para ser julgada.

O tribunal afirmou em comunicado que Ieng Thirith, 79, sofre do mal de Alzheimer, tem capacidade mental reduzida e por isso será libertada.

A decisão foi anunciada antes do início do julgamento de Thirith e dos outros três membros da cúpula do Khmer Vermelho, previsto para a próxima segunda-feira.

O porta-voz do tribunal, Lars Olsen, afirmou que Thirith, presa desde 2007, será libertada "o mais rápido possível" e após 24 horas, o prazo necessário para a aplicação de recursos contra a sentença.

Em outubro, uma equipe de psiquiatras afirmou perante o tribunal internacional que Thirith tinha um estado precoce de demência e existiam indícios de que sofria de Alzheimer.

22.mai.1992/France Presse
Crânios humanos colocados em monumento no Dia do Ódio, que marca o início do domínio do Khmer Vermelho
Crânios humanos colocados em monumento no Dia do Ódio, que marca o início do domínio do Khmer Vermelho

De acordo com os médicos, Tirith não conseguia lembrar coisas básicas de sua vida, como a quantidade de filhos que possui e o nome do marido, o também acusado Ieng Sary, ex-ministro de Relações Exteriores durante o regime de Pol Pot, o líder máximo do Khmer Vermelho.

O diagnóstico coincidiu com o apresentado em agosto pelo geriatra John Campbell, que confirmou a perda de memória da ex-ministra.

Em junho, o tribunal internacional abriu as diligências do julgamento contra os quatro dirigentes vivos do Khmer Vermelho: os Ieng, o ideólogo da organização, Nuon Chea, e o ex-chefe de Estado, Khieu Samphan.

Os processados, que tem entre 79 e 85 anos, são acusados de genocídio, crimes contra a Humanidade e de guerra, assassinato, tortura e perseguição por razões religiosas e de raça.

Até o momento, o tribunal emitiu uma condenação de 35 anos de prisão ao ex-diretor do centro de torturas S-21, Kaing Guek Eav, conhecido como "Duch", pela morte de cerca de 16 mil pessoas na prisão secreta e nos campos de extermínio de Choeung Ek, nos arredores de Phnom Penh.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página