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13/01/2012 - 11h23

Japão pondera anúncio de sanções propostas por EUA contra Irã

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DA FRANCE PRESSE, EM TÓQUIO

O Japão voltou atrás nesta sexta-feira em relação às sanções recomendadas pelos Estados Unidos para proibir a venda de petróleo iraniano, expressando reservas diante de medidas que, a seu ver, podem causar um forte aumento do petróleo e prejudicar a economia mundial.

"Os Estados Unidos querem adotar sanções. Nós consideramos que é preciso ser extremamente cautelosos para aceitar semelhantes medidas", destacou o ministro japonês das Relações Exteriores, depois de se reunir com seu homólogo francês, Alain Juppé.

As declarações contradizem as afirmações do ministro japonês das Finanças, Jun Azumi, que na quinta-feira sustentou que o Japão irá "adotar o quanto antes medidas concretas e planejadas para reduzir ainda mais a parte" iraniana de suas importações de petróleo.

O anúncio, realizado após uma reunião com o secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner, foi considerado um apoio japonês à tese americana de que o Irã busca produzir armas nucleares. A decisão havia sido vista como uma vitória da diplomacia dos Estados Unidos, depois de uma clara rejeição da China no assunto.

PREMIÊ

Diante das pressões para que a posição japonesa fosse esclarecida após as declarações contraditórias de seus ministros, o primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, afirmou nesta sexta-feira que "as afirmações do (ministro das Finanças) Azumi eram um ponto de vista individual".

"De agora em diante, o governo deve definir sua posição examinando as consequências. Os detalhes devem ser estudados em coordenação com os americanos na próxima semana", acrescentou Noda.

O Japão importa entre 9% e 10% de seu petróleo do Irã, e já reduziu esta parte a quase a metade nos últimos cinco anos, lembrou o ministro das Relações Exteriores.

"Se queremos adotar sanções sobre o petróleo, é necessário que estas medidas sejam plenamente eficazes e que não tenham o efeito contrário", destacou Gemba, afirmando que um encarecimento do petróleo beneficiaria o Irã.

O chanceler japonês opinou que semelhante embargo "poderia ter efeitos negativos não apenas na economia japonesa, mas também na economia mundial".

 

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