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21/04/2012 - 12h31

Mantega critica "reticência" europeia em revisar cotas de poder no FMI

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DA EFE, EM WASHINGTON

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, criticou neste sábado a "reticência" dos países europeus em revisar o sistema de cotas (poder de voto) do Fundo Monetário Internacional (FMI) e afirmou que o "equilíbrio atual é profundamente prejudicial para a credibilidade" da instituição.

Como exemplo, Mantega ressaltou que a cota de Luxemburgo é superior às de Argentina e África do Sul, e que a da Bélgica é maior que as de Indonésia e Nigéria.

Países como Brasil, China, Rússia e Índia insistiram em seguir avançando nas reformas da redistribuição de cotas do FMI para que reflita adequadamente o peso relativo dos membros na economia global.

"A reticência de alguns países em aplicar os acordos de reforma integral da fórmula do sistema de cotas é profundamente danoso à instituição e à própria credibilidade destes países", afirmou em seu discurso perante o Comitê Financeiro e Monetário do FMI.

O ministro insistiu em seus apelos sobre a necessidade avançar no "lento e limitado" processo de reformas que deve ser concluído para a próxima reunião anual do FMI, em Tóquio, em outubro deste ano, para poder passar a uma modificação mais ampla em 2013.

"Se repete frequentemente que as reformas nas cotas são cruciais para a legitimidade e efetividade do fundo. O mero ritual de repetição deste tipo de declarações não é suficiente", declarou.

CRISE

Mantega também mostrou sua preocupação pela consolidação fiscal em muitas economias avançadas. Neste sentido, ele pediu a países com "espaço fiscal", como a Alemanha e os do norte da Europa, a adotarem medidas de "estímulo" que "ajudariam não só à demanda global, como também facilitariam o reequilíbrio dentro da zona do euro".

O ministro atacou, além disso, as políticas monetárias "ultraexpansivas" por parte de países ricos que afetam os mercados emergentes. Mantega reiterou que o governo brasileiro continuará aplicando as medidas que "julgar necessário" para conter os fluxos excessivos e voláteis de capital com políticas macroprudenciais e controles de capital.

"O Brasil se opõe a qualquer código de conduta ou diretriz internacional que tente constranger as respostas políticas destes mercados emergentes", concluiu. Durante seu discurso, Mantega não se referiu à ampliação de capital de US$ 430 bilhões para o FMI, aprovada na sexta (20) pelo G20.

Antes, em um encontro com jornalistas após a reunião do Fundo e do Banco Mundial, o ministro mostrou sua disposição em reforçar os recursos do FMI, mas lamentou que "alguns países tenham mais entusiasmo em pedir dinheiro do que em reformar o sistema de cotas". O Brasil aceitou colaborar neste aumento, mas evitou dar um número específico.

 

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