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China e Rússia alçam Afeganistão à condição de observador da SCO
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DA EFE
O presidente da China, Hu Jintao, anunciou nesta quinta-feira que o Afeganistão será integrado à SCO (Organização para a Cooperação de Xangai, na sigla em inglês) como membro observador, o que representa um impulso nas relações de Pequim e Moscou com Cabul, faltando dois anos para a Otan retirar suas tropas do território afegão.
"Decidimos aceitar o Afeganistão como membro observador e a Turquia como parceira para o diálogo", disse Hu durante o encerramento da cúpula de Chefes de Estado da SCO, embora o dia ainda preveja várias reuniões bilaterais.
Além de Hu, estiveram presentes na cerimônia o presidente russo, Vladimir Putin, e os líderes de Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão, os outros membros da SCO, organismo criado em 2001 com o objetivo de reforçar a segurança na região.
A inclusão do Afeganistão já era prevista e, na quarta-feira, o próprio Hu declarara ao "Diário do Povo" - porta-voz do governo chinês - que a China "ajudaria" Cabul uma vez retiradas as tropas de solo afegão.
No mesmo dia, o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, dissera que Moscou, que explora jazidas de gás em território afegão, está "preocupada" com a segurança regional assim que os soldados da Otan voltarem para casa.
Apesar da rejeição frontal dos membros da SCO à ideia de o organismo ser considerado uma alternativa regional à Otan, Rússia e China aproveitaram o encontro, que também teve a presença do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, para reforçar sua cooperação militar na zona.
"Damos um papel importante à iniciativa conjunta para reforçar a segurança na região Ásia-Pacífico e, nesse contexto, manteremos a relação entre nossos Exércitos", afirmou Putin, poucos dias depois de os Estados Unidos terem anunciado o envio de 60% de seus navios de guerra à região até 2020.
Putin se reunirá hoje com o presidente afegão, Hamid Karzai, e terá um encontro posterior com Ahmadinejad.
Moscou abrigará nos próximos das 18 e 19 a nova rodada de negociações sobre o programa nuclear de Teerã, que contará com representantes iranianos e do 5+1 (EUA, França, Rússia, Reino Unido, China e Alemanha).
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