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03/07/2012 - 19h52

Em carta, senadores pedem apoio do Mercosul ao governo paraguaio

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DE SÃO PAULO

Os senadores paraguaios Rafael Filizzola e Efrain Alegre enviaram nesta terça-feira uma carta aberta para Argentina, Brasil e Paraguai em que pedem aos sócios do país no Mercosul que apoiem o governo de Federico Franco, empossado após o impeachment do presidente Fernando Lugo.

Os parlamentares, que também foram ministros de Lugo, afirmam que esperavam "compreensão, ajuda e colaboração" após a saída do presidente, mas que foram recebidos "com uma condenação sumária e atropelo à débil institucionalidade" do bloco, em referência à suspensão paraguaia e à entrada da Venezuela.

"O Paraguai está vivendo uma difícil e complexa situação política e institucional, que é enfrentada com dor, mas com muita responsabilidade", dizem os deputados na carta. O texto ainda acusa Brasília, Buenos Aires e Montevidéu de desconhecer a situação paraguaia.

"Reduzir o processo doloroso de destituição de Fernando Lugo a apenas um procedimento é desconhecer o isolamento crescente de um grupo de poder que não representa mais nenhum dos objetivos populares e democráticos originais".

Os senadores negaram que o processo de impeachment tenha sido uma conspiração ou um golpe. "A situação era insustentável e o que era necessário era preservar a continuidade da estrutura democrática".

Também foi citada a polêmica criada pela reunião do chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, com comandantes militares paraguaios. "Rejeitamos que representantes importantes de um governo estrangeiro promova em nosso país a desobediência dos mandos militares às normas constitucionais".

Por fim, criticaram o que chamaram de intervenção dos países vizinhos em relação ao afastamento do país do Mercosul. "A integração deve ser um processo multilateral dos povos e governos em uma igualdade de condições e nunca um sistema desequilibrado que se imponha pela vontade dos mais poderosos".

 

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