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Conselho de Segurança da ONU vota resolução sobre a Síria na quarta
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Conselho de Segurança da ONU votará nesta quarta-feira (18) uma resolução das potências ocidentais que ameaça impor sanções às autoridades sírias caso o regime do ditador Bashar Assad não retire as armas pesadas das cidades.
A Rússia, país com poder de veto no órgão e aliada síria, já afirmou que vetará qualquer proposta de sanções.
A resolução, proposta por Reino Unido, EUA, França e Alemanha, estenderia a atual missão de observadores não armados da ONU por 45 dias (ela expira no próxima dia 20). Coloca ainda o atual plano de paz do enviado especial Kofi Annan sob o capítulo 2 da Carta da ONU, que permite ao Conselho de Segurança autorizar ações que vão de sanções econômicas e diplomáticas à intervenção militar.
"Rússia e China ainda expressam objeção ao Capítulo 7, mas quando questionadas, não foram capazes de trazer nenhum argumento convincente do porquê", disse o embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant, depois de mais uma rodada de negociação entre os países.
"Obviamente, nós estamos felizes em ter mais negociações. Nós marcamos uma votação para a tarde de quarta-feira", disse.
A resolução estabelece que a Síria vai ser submetida a sanções se não retirar suas tropas e armas pesadas das principais cidades em até dez dias a partir da adoção do texto.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse nesta segunda-feira que a Rússia vai bloquear a resolução, justamente pela ameaça de sanções.
Rússia e China, ambas aliadas da Síria, vetaram todas as resoluções do Conselho que visavam a pressionar Assad. A Rússia apresentou ainda sua própria resolução que estende a missão em 90 dias, mas sem a ameaça de sanções.
"Se nossos parceiros bloquearam nossa resolução, a missão da ONU não terá um mandato e deixará a Síria. Isso seria uma pena", disse Lavrov.
A revolta síria já deixou mais de 10 mil mortos, segundo a ONU. O Ocidente está sob pressão cada vez maior para conter a repressão protagonizada pelas tropas sírias, mas não consegue vencer a resistência russa e chinesa.
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