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25/07/2012 - 19h34

Senado dos EUA mantém corte de impostos para classe média

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DE SÃO PAULO

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira, por 54 votos a 45, a manutenção dos cortes de impostos para as famílias que recebem até US$ 250 mil (R$ 504 mil) anuais, defendida pelo presidente Barack Obama. A medida foi implementada por George W. Bush em 2008 para diminuir o impacto da crise financeira.

Considerada inesperada, a ação da câmara alta do Legislativo acaba com as reduções para os cidadãos mais ricos e médias e grandes empresas, um dos pontos questionados pelos republicanos, incluindo o candidato presidencial Mitt Romney. Para o ex-governador de Massachusetts, a medida dificulta a geração de empregos.

Com a medida aprovada, o governo federal poderá aumentar os tributos para pessoas físicas e jurídicas que ganham acima do teto estipulado, enquanto os que estão abaixo poderão continuar contribuindo menos ao erário até dezembro de 2013.

O aumento dos impostos também ajudará o governo a diminuir o deficit fiscal, que ultrapassará US$ 1 bilhão pelo quarto ano seguido. Com a volta da cobrança, o governo americano terá US$ 600 bilhões extras para segurar o aumento da dívida pública, uma das causas da manutenção da crise financeira.

Apesar da aprovação, analistas políticos americanos afirmam que a medida só entrará em vigor após a eleição presidencial, em novembro. Na próxima semana, o Senado ainda votará um projeto republicano que mantém todos os cortes da era Bush. Os democratas afirmaram que deverão rejeitar a medida.

AUMENTOS

Se aplicada, a medida democrata fará com que os impostos subam de 33% para 36% entre os rendimentos entre US$ 250 mil e US$ 390 mil anuais, enquanto os superiores a este valor sairão de 35% para 39,6%. Os ganhos de capital superiores a US$ 250 mil sairão de 15% para 20%.

Os cidadãos que recebem mais de US$ 1 milhão anual terão que contribuir com 55%, o que, segundo os republicanos, "destruiria famílias de produtores rurais e pequenas empresas".

Os adversários de Obama apresentaram uma medida que manteria os cortes, o que geraria um aumento do deficit público em US$ 408 bilhões nos próximos cinco anos. A medida democrata causará um crescimento de US$ 251 bilhões, pressão menor sobre a diferença entre gastos e receitas.

Em junho, o Federal Reserve (banco central dos EUA) estimou que o deficit público americano chegou a US$ 904 bilhões, faltando três meses para o fim do ano fiscal americano, que termina em setembro. O valor revela que os gastos superarão as receitas em mais de US$ 1 trilhão pelo quarto ano seguido.

 

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