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01/08/2012 - 21h44

Bolívia diz que declaração sobre a Coca-Cola foi tirada de contexto

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DA EFE, EM LA PAZ

O governo boliviano afirmou nesta quarta-feira que as declarações do chanceler do país, David Choquehuanca, sobre o "fim" da Coca-Cola em 21 de dezembro foram "descontextualizadas", em meio a versões de veículos que afirmaram que a empresa seria expulsa do país nessa data.

"As declarações do chanceler foram descontextualizadas e não há nada oficial", disse a chefe do escritório de comunicação da Chancelaria, Consuelo Ponce.

Em 13 de julho, Choquehuanca anunciou que o governo convidará líderes e grupos indígenas do mundo a comemorar na Bolívia o solstício de verão, em 21 de dezembro, por considerar que esse dia se produzirá "o fim" do capitalismo e da Coca-Cola e o começo de um tempo "de amor" e "a cultura da vida".

"21 de dezembro de 2012 é o fim de egoísmo, da divisão. O 21 de dezembro tem que ser o fim da Coca-Cola, e o começo do mocochinche (refrigerante de pêssego)", disse então o ministro em um ato no povo de Copacabana, situado à margem do lago Titicaca, que faz fronteira com o território peruano.

INTERPRETAÇÕES

Nos últimos dias, a declaração foi interpretada de diversas formas pela imprensa, mas a versão mais divulgada foi que o presidente Evo Morales expulsará a Coca-Cola nessa data, coincidindo com o suposto fim do calendário Maia.

Foi dito, inclusive, que no mesmo dia deixaria o país a cadeia americana McDonald's, que fechou suas filiais na Bolívia em 2002, após cinco anos de operações, devido a sua baixa rentabilidade.

A empresa Embol, subsidiária da chilena Embonor na produção de Coca-Cola na Bolívia, disse que divulgará nas próximas horas uma resposta sobre a confusão.

Em entrevista à rádio Erbol, o presidente da Câmara de Indústrias de La Paz, Mario Yaffar, considerou hoje que houve uma "distorção" nas declarações de Choquehuanca que, a seu ver, falou de uma suposta perda da "supremacia mundial" dessa bebida, mas não que o governo expulsará a empresa.

 

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