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02/08/2012 - 16h08

Presidente da Rússia lamenta saída de enviado da ONU à Síria

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, lamentou nesta quinta-feira a renúncia de Kofi Annan do posto de enviado especial da ONU (Organização das Nações Unidas) à Síria. O mandatário chamou de "tragédia" a onda de violência no país, causada por conflitos entre opositores e tropas do regime de Bashar Assad.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, agradeceu Annan "pela vontade em desenvolver esforços para buscar uma resolução contra a violência na Síria".

"Kofi Annan é uma pessoa muito respeitável, um diplomata brilhante e um homem muito decente, pelo que é realmente uma vergonha, mas tenho esperanças de que os esforços da comunidade internacional que visam acabar com a violência vão continuar", disse o presidente, em entrevista à agência de notícias Interfax.

Putin não comentou as acusações dos Estados Unidos, que culpam o país pela saída de Annan por vetar, junto com a China, três resoluções contra o regime de Assad no Conselho de Segurança.

Moscou também não apoiará a proposta de resolução dos países árabes na Assembleia Geral da ONU, que será votada nesta sexta (3).

A renúncia de Annan também foi lamentada pela Itália e a Liga Árabe. O Ministério de Relações Exteriores italiano pediu o aumento "urgente" da pressão sobre Assad e considerou a saída do ex-secretário-geral da ONU como um sinal negativo.

"Confirma a necessidade urgente de aumentar a pressão por parte de todos sobre Assad, para que deixe espaço a uma transição política, de qualquer modo inevitável e improrrogável".

O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Arabi destacou os esforços de Annan como mediador internacional e disse que já começou a buscar, junto com a ONU, um substituto. Ele foi comunicado sobre a saída do enviado por telefone e agradeceu os esforços dispensados.

RENÚNCIA

O emissário internacional para a Síria, Kofi Annan, afirmou nesta quinta-feira que apresentou sua renúncia como mediador da ONU e da Liga Árabe porque não recebeu todo o apoio que a causa merecia.

"Não recebi todo o apoio que a causa merecia. Há divisões na comunidade internacional. Tudo isso complicou minha tarefa", afirmou Annan em coletiva de imprensa em Genebra, momentos depois que sua renúncia foi anunciada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

O plano de paz de seis pontos do enviado especial para resolver o conflito sírio, que previa, sobretudo, o fim dos combates entre governo e oposição armada e uma transição política, nunca foi aplicado.

O anúncio da renúncia foi feito pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em meio ao aumento da violência no país.

Na segunda-feira (30), Ban afirmou que ao menos 2 milhões de pessoas já foram afetadas pelo conflito sírio entre o governo e a oposição desde março de 2011. Segundo ele, caso não haja uma ação rápida, os enfrentamentos poderão ser expandidos para os países vizinhos.

"Uma guerra sectária poderia afetar gravemente os vizinhos da Síria, Turquia, Iraque, Líbano, Jordânia e Israel. A resposta não deve ser com mais combates. A militarização desse conflito só aumentaria a devastação e prolongará o sofrimento".

De acordo com a ONU, mais de 200 mil sírios estão refugiados em países vizinhos, a maioria na Turquia, no Líbano e na Jordânia.

 

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