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Cruz Vermelha leva comida e produtos básicos a civis de Aleppo
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DA EFE, EM GENEBRA
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) informou nesta quinta-feira que conseguiu levar a Aleppo alimentos e outros produtos em quantidade suficiente para cobrir as necessidades de pelo menos 12,5 mil pessoas durante as próximas semanas.
"Aleppo preocupa de maneira especial o CICV, não só por sua distância geográfica, mas porque o Crescente Vermelho Sírio [o ramo, em países islâmicos, do CICV] teve que suspender a maior parte de suas atividades devido ao perigo extremo existente no terreno", afirmou em comunicado Marianne Gasser, chefe da delegação da Cruz Vermelha no país árabe.
Apesar da suspensão, Gasser indicou que "ainda há dúzias de voluntários que continuam trabalhando sob condições extremamente difíceis para fazer frente às necessidades crescentes da população civil" na segunda maior cidade da Síria, sob ataque há dias das forças do ditador Bashar Assad.
France Presse | ||
Imagem divulgada pela oposição síria mostra destruição nas ruas da cidade de Aleppo devido ao conflito |
O CICV cifrou em "milhares" o número de pessoas que tiveram que fugir de suas casas em consequência do recrudescimento da violência em Aleppo e que, em uma alta percentagem, estão se alojando em prédios públicos transformados em refúgios improvisados.
Mais de 80 escolas em diversas partes da província de Aleppo recebem civis que fogem dos combates, indicou o CICV, que garante ter ajudado mais de 125 mil pessoas em todo o país nas últimas três semanas apesar da intensidade do conflito.
DAMASCO
No caso de Damasco, Gasser informou que "à medida que a situação começou a piorar, ficou muito difícil para nosso pessoal movimentar-se dentro da cidade e em seus arredores para levar ajuda à população civil".
O CICV advertiu também que muitos centros de assistência médica encontram cada vez mais dificuldades para tratar os feridos e que as provisões médicas começam a escassear.
Embora os esforços humanitários tenham se concentrado nas últimas semanas em Damasco e Aleppo, o CICV indicou que em outras localidades a situação também é crítica.
Em Homs, milhares de pessoas estão refugiadas há semanas em escolas e outros edifícios públicos, segundo o CICV, que entregou provisões de alimentos para 20 mil pessoas durante um mês.Também lá, o CICV conseguiu instalar um gerador para manter em funcionamento plantas hídricas que fornecem água a 80% da população.
Além disso, foram entregues provisões de alimentos para um total de 43 mil civis em Hama, Idlib, Latakia, Raqqa e Hassakeh.
Neste momento, o CICV tem 50 pessoas trabalhando na Síria, às quais é preciso somar centenas de voluntários em diversas localidades do país.
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