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10/08/2012 - 23h58

Chávez ordena informar aos EUA sobre detenção de suposto "mercenário"

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DA EFE

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pediu nesta sexta-feira que o chanceler do país, Nicolás Maduro, notifique ao governo dos Estados Unidos sobre a detenção de um suposto "mercenário" e ex-marinheiro desse país, e advertiu sobre possíveis manobras desestabilizadoras.

O líder se referiu ao tema ao ser perguntado por jornalistas e telefonou ao ministro do Interior, Tarek el Aissami, lhe pedindo que entrasse em contato com o chanceler Maduro para enviar o relatório da detenção a Washington.

"O governo dos EUA (...) está dizendo que não sabe de nada, que quer informações. Bom, faça um contato, fale com Nicolás, ok?", ordenou Chávez a Aissami.

O presidente anunciou ontem a captura pelas mãos da Guarda Nacional Bolivariana de um cidadão dos EUA que tentava entrar ilegalmente ao país pela fronteira com a Colômbia, disse, com "aparência de mercenário".

Os EUA afirmaram nesta sexta-feira que não foram "notificados" da detenção do "suposto" cidadão americano, segundo informou à um funcionário americano do Departamento de Estado que pediu o anonimato.

"Se realmente detiveram um cidadão dos Estados Unidos, esperamos que a Venezuela cumpra com suas obrigações perante a Convenção de Viena e dê aos funcionários diplomáticos americanos acesso ao preso, sem qualquer demora", acrescentou a fonte.

Chávez detalhou hoje que o cidadão, que evitou novamente dar detalhes de sua identidade, confessou ter servido como "marinheiro" nos Estados Unidos e segue sem colaborar nas investigações policiais.

"Se nega a falar, não colabora, não diz de onde vem. 'Estou fugindo da guerrilha, não, do narcotráfico'. Se contradiz, no pouco que diz, se tranca", descreveu o governante.

Chávez especificou que o passaporte do detido registra sua passagem pelo Iraque em 2006, múltiplas entradas ao Afeganistão desde 2004, à Jordânia em 2007, assim como também visitas à Grã-Bretanha, à Alemanha, à República Dominicana e à Colômbia, de onde procedia no momento de sua detenção.

"É absolutamente verdade, não estamos inventando nada. Agora, além desses fatos, não provamos mais nada, mas nos chama a atenção que faltando poucas semanas para as eleições ocorra isto", e por isso, disse, "estamos em alerta".

No dia 7 de outubro, cerca de 19 milhões de venezuelanos irão às urnas para escolher ao presidente para o período 2013-2019 entre sete candidaturas que lideradas por Chávez, no poder desde 1999, e o candidato de oposição, o advogado Henrique Capriles.

 

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