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Rússia não permitirá que Ocidente sabote transição síria, diz chanceler
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou nesta quarta-feira que não permitirá que os países do Ocidente que integram o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) sabotem o acordo de transição política proposto em uma reunião em Genebra, no fim de junho.
"Estamos convencidos de que o acordo de Genebra não deve ser sabotado", disse o chanceler, em visita a Belarus.
Lavrov acusou Estados Unidos, França e Reino Unido de querer fomentar a violência dos confrontos no país com o apoio aberto à oposição ao regime de Bashar Assad e pediu uma resposta à ratificação do acordo de transição.
"Tentaremos obter uma resposta deles (os países ocidentais), porque não estão cumprindo", completou.
Em 30 de junho, os cinco países que são membros permanentes do Conselho de Segurança aprovaram um acordo que previa a transição política na Síria com integrantes do regime e da oposição. O documento final não versa sobre o papel de Assad no novo governo.
Por isso, a medida foi considerada controversa e vazia, devido às divergências entre o Ocidente, que queria medidas mais incisivas contra Assad, e Rússia e China, considerando que Estados Unidos, França e Reino Unido beneficiaram os rebeldes.
OBSERVADORES
Em um novo ponto de divergência com as potências ocidentais, a Chancelaria informou que Moscou se opõe à saída de observadores da ONU da Síria, mesmo com o aumento da violência provocada pelos confrontos entre o regime e a oposição.
"Não se pode pôr fim à presença da ONU, que é uma importante fonte de informação objetiva sobre o terreno. Nas circunstâncias atuais, a saída da ONU da Síria teria consequências muito negativas, não só para o país, mas para toda a região", argumentou o órgão, em comunicado.
Os observadores da ONU foram deslocados no final de abril para verificar a aplicação dos seis pontos do plano de paz proposto pelo enviado especial à Síria, Kofi Annan. Entre as propostas, estavam o fim dos confrontos e da ocupação das cidades sírias por tropas do Exército com armamento pesado.
A proposta foi aceita pelos opositores e o regime, mas foi descumprida por ambos lados após uma trégua momentânea nas primeiras semanas de aplicação.
Em julho, após um atentado ao alto escalão do regime, os ataques em ambos os lados aumentaram. Mesmo assim, os países membros do Conselho de Segurança aprovaram a permanência da missão, um dia após o veto a uma resolução com sanções à Síria por China e Rússia.
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