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Grécia pedirá revisão de plano de austeridade, diz 'Financial Times'
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, pedirá a revisão do plano de austeridade imposto à Grécia, por ocasião de seu próximo encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o presidente francês, François Hollande, na próxima semana, revela o jornal britânico "Financial Times" desta quarta-feira.
Em documento ao qual o jornal teve acesso, Samaras planeja propor que seja aumentado de dois para quatro anos o prazo para os cortes de gasto público. Caso seja aprovado, o país terá até 2016 para diminuir o tamanho das contas do Estado.
As medidas fazem parte das exigências do Banco Central Europeu (BCE) e do FMI (Fundo Monetário Internacional) para a concessão do segundo resgate financeiro pedido pelo país, de € 130 bilhões, autorizado em fevereiro.
Em setembro, os credores avaliarão se vão autorizar a segunda parcela do resgate, de € 31 bilhões. Atenas precisa da verba para evitar uma quebra dos pagamentos dos investidores da dívida pública e dos funcionários públicos.
Para honrar seus compromissos, os gregos precisam cortar € 11,5 bilhões dos gastos do governo até 2014 e tiveram que fazer reduções de salários e aposentadorias, além de retirada de verbas de setores importantes, como a saúde e a educação.
A redução causou protestos e foi o principal motivo para a crise política, que adiou a escolha do novo governo por dois meses.
COMPRA DE TÍTULOS
Na terça (14), a Grécia captou € 4,063 bilhões em uma emissão de títulos do Tesouro a três meses, mas com juros em alta, informou a Agência de Gestão da Dívida Pública (PDMA). Este é o maior leilão de títulos desde o início da crise financeira no país, em maio de 2010;
A operação aconteceu com juros de 4,43%, com alta em relação à emissão anterior, com juros de 4,28%.A meta é garantir as necessidades correntes do país e eventualmente permitir o pagamento de uma dívida de € 3,2 bilhões com o Banco Central Europeu em 20 de agosto.
A emissão é a primeira que acontece desde o pedido do primeiro resgate feito por Atenas, em maio de 2010. Na ocasião, o Banco Central Europeu (BCE) e o FMI (Fundo Monetário Internacional) concederam € 100 bilhões ao país.
Desde então, o banco central grego não realizava venda de títulos, por receber juros muito altos, o que aumentaria ainda mais a dívida pública, que atualmente está em cerca de 160% do PIB. As taxas oferecidas pelo mercado à Grécia são as maiores de toda a Europa.
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