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Sobe para 27 número de mortos em explosão em Damasco
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DA FRANCE PRESSE, EM DAMASCO
Ao menos 27 pessoas morreram com a explosão de um carro-bomba nesta terça-feira durante funerais em um subúrbio de Damasco favorável ao regime sírio.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), o atentado contra o bairro de Jaramana, habitado por cristãos e drusos, ocorreu durante os funerais de dois partidários do regime do ditador de Bashar Assad.
A TV estatal havia anunciado 12 mortos e 48 feridos no mesmo atentado.
Outro violento ataque, feito pelo governo, matou 17 civis, incluindo duas mulheres, na aldeia de Kafar Nabel, perto de Idleb (noroeste). Neste vilarejo, de acordo com um vídeo postado por militantes, dezenas de moradores tinham dificuldades para retirar os corpos dos escombros.
REFUGIADOS
Diante da intensificação da violência, o número de sírios que fogem para países vizinhos continua aumentando e a comunidade internacional tenta buscar uma maneira de ajudá-los, em meio à falta de consenso sobre uma solução para o conflito que sacode a Síria há mais de 17 meses.
Nessa guerra, os combatentes não parecem dispostos a ceder. O regime de Bashar Assad está decidido a deter os rebeldes classificados "de terroristas a serviço do exterior" e a oposição exige a saída de Assad do poder.
Em terra, os civis estão presos no fogo cruzado.
DAMASCO
O Exército, apoiado por tanques e helicópteros, bombardeou territórios situados a leste de Damasco, onde as brigadas de elite do Exército Livre da Síria (ELS, rebeldes) resistem, segundo um comandante insurgente na capital.
Os bairros de Zamalka, Qaboun, Jobar, Ain Tarma, Al Hjeira, no leste, também foram alvo de um forte bombardeio.
ALEPPO
Na outra grande frente síria, da cidade de Aleppo (norte), prosseguiam os intensos bombardeios contra os bairros onde estão os rebeldes, mergulhados há mais de um mês em uma batalha crucial por esta metrópole comercial.
Zain Karam/Reuters | ||
Garoto com pães comprados em uma padaria de Bustan Al Qasr, em Aleppo; cidade sofreu bombardeios |
Na aldeia de Kafar Nabel, próximo a Idleb, cidade atacada pelo Exército, os moradores tentavam socorrer os feridos presos sob os escombros ou retirar pedaços de corpos, segundo os militantes do Conselho Geral da Revolução Síria (CGRS).
Nesta terça-feira, quase 100 pessoas morreram vítimas da violência que atinge o país, entre elas 62 civis, 11 rebeldes e 24 soldados, segundo um registro provisório do OSDH, que não leva em conta os 27 mortos do atentado.
VICE-PRESIDENTE
Para o vice-presidente sírio, Farouk al-Shareh, que apareceu pela primeira vez em público após um mês de especulações sobre sua possível morte, a solução "passa pelo fim da violência de todas as partes" para permitir "um diálogo nacional".
Muhammed Muheisen/Associated Press | ||
Família síria, em uma motocicleta, observa tanque destruído por rebeldes em Aleppo; cidade sofreu bombardeios |
Essas declarações foram feitas depois que o chefe da diplomacia síria, Walid Mouallem, ter dito que o regime não negociará até que o país seja libertado dos rebeldes.
Já a oposição exige a saída de Bashar Assad, enquanto considerou prematura a formação de um governo sírio de transição "que não seja reconhecido por toda a comunidade internacional de maneira unânime", declarou Afra Jalabi, membro da Declaração de Damasco e do Conselho Nacional Sírio (CNS).
Desde o início da revolta, em março de 2011, a violência deixou mais de 25 mil mortos, segundo o OSDH.
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