Publicidade
Publicidade
Segunda maior guerrilha da Colômbia também pede negociação
Publicidade
DA EFE, EM BOGOTÁ
A segunda maior guerrilha colombiana, o Exército de Libertação Nacional (ELN), ratificou nesta terça-feira sua intenção de buscar um diálogo "sério" com o governo do país, um dia depois que este anunciou que mantém contatos com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O Comando do ELN publicou cinco artigos em seu site sobre a realidade do país e em um deles manifestou sua intenção de chegar a um final negociado do conflito, sem fazer alusão ao processo de aproximação entre o governo e as Farc.
Quando o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, confirmou os contatos com as Farc, aproveitou para estender ao ELN um convite ao diálogo sob os mesmos "princípios" e assim fazer parte "deste esforço para terminar o conflito".
O processo ideal para o ELN, segundo seu artigo, é baseado na confiança que realmente aborde "as causas do conflito armado e social, onde se disponha a erguer as bases sobre as quais construir a paz real, estável e duradoura".
PRESIDENTE SANTOS
Santos, que teve uma intensa agenda pública nesta terça-feira, só falou sobre este processo em um de seus atos e com jornalistas, a quem manifestou sua convicção que o objetivo da paz será alcançado "com prudência, com cautela e com decisão".
"Nossas gerações não viveram um só dia de paz, quero que as novas gerações vejam e gozem um país em paz", comentou.
Por enquanto não se conhecem oficialmente as bases nas quais se cimenta o projeto do governo de Santos com as Farc, já que o presidente se limitou a confirmar a existência de um contato incipiente e a prometer que revelaria os resultados dessa aproximação nos próximos dias.
Porém, a emissora de rádio "RCN" afirmou hoje sem citar fontes que na agenda está previsto que se fale de direitos humanos, política mineradora e agrária, cessação de hostilidades, entrega de armas, narcotráfico e situação legal dos guerrilheiros após o processo.
REPERCUSSÃO
Durante o dia se multiplicaram as reações tanto na Colômbia como no exterior, por parte de governos, entidades multilaterais e organizações não-governamentais.
Tanto os Estados Unidos como a União Europeia manifestaram sua satisfação pelo acordo assinado pelas partes, aparentemente em Havana segundo informou o canal venezuelano "Telesur" na segunda-feira, enquanto o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, ofereceu sua ajuda no processo.
O coletivo Colombianos e Colombianas pela Paz, a ONG da ex-senadora Piedad Córdoba, que participou como mediadora com as Farc em várias libertações de reféns, celebrou a iniciativa, mas insistiu na necessidade de solucionar o conflito armado pela raiz.
Enquanto isso, o Executivo colombiano e o Congresso já começaram a reunir-se para tratar os projetos de lei que dentro do Marco Jurídico para a Paz regulariam uma eventual negociação, como as condições jurídicas dos guerrilheiros, sua possível participação posterior na política e a reparação às vítimas.
GUERRILHAS
A luta armada das Farc e do ELN começou quase ao mesmo tempo, em meados da década de 1970, e enquanto a primeira conta com 8.500 membros, a segunda tem 1.500, segundo números oficiais.
O ELN já manteve conversas com governos anteriores, em Cuba principalmente, mas sem resultados efetivos. A última tentativa fracassou em 2007.
O governo tentou em várias ocasiões chegar a um acordo de paz com as Farc, como o processo antecipado pela Administração de Andrés Pastrana (1998-2002), que desmilitarizou os municípios de Planaltos, Vistahermosa, La Macarena e Uribe, no departamento de Meta, e San Vicente del Caguán, no departamento de Caquetá para os diálogos que, no fim, também fracassaram.
+Pelo mundo
+ Canais
- Conheça a página da Folha Mundo no Facebook
- Acompanhe a Folha Mundo no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
+ Notícias em Mundo
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice