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Homem que escreveu Pussy Riot com sangue quis enganar polícia russa
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DA REUTERS, EM MOSCOU
Um professor universitário que confessou ter matado duas mulheres na cidade de Kazan, na Rússia, quis enganar a polícia ao escrever "Free Pussy Riot" em sangue em seu apartamento, de acordo com a polícia russa.
Segundo relatório, divulgado nesta sexta-feira, a intenção era desviar o foco da investigação para que fosse interpretada como uma ação contra a prisão de três integrantes da banda punk Pussy Riot, condenadas a dois anos de detenção no dia 17.
A sugestão, que inicialmente foi levantada, havia provocado novas críticas ao grupo por uma autoridade da Igreja Ortodoxa Russa, na quinta (30).
Mas o relatório da polícia deixou claro que o crime não tinha sido cometido por um fã da Pussy Riot e não foi inspirado pelo protesto do grupo contra o presidente Vladimir Putin, em fevereiro, perto do altar da Catedral de Cristo Salvador, em Moscou.
O suspeito, um homem de 38 anos que vive com seus pais, disse à polícia que havia matado as vítimas --uma ex-colega de escola que o havia ajudado a pagar dívidas e a mãe dela-- durante uma discussão.
AFASTAR SUSPEITA
Ele disse que, em seguida, escreveu as palavras na parede "para afastar a suspeita de si mesmo e retratar como uma matança ritual", informou o Ministério do Interior regional.
Os corpos das mulheres foram encontrados no apartamento delas na quarta-feira e a televisão estatal mostrou repetidas vezes as imagens da frase escrita na parede da cozinha.
Dimitry Smirnov, chefe do departamento de relações com as Forças Armadas e agências judiciais da igreja, disse à agência de notícias Interfax na quinta-feira que os fãs do grupo agora tinham "sangue em sua consciência".
Mas advogados da banda imediatamente afirmaram que a banda e seus fãs não tinham nada a ver com os assassinatos em Kazan, capital da região de Tartaristão, a 720 quilômetros ao leste de Moscou.
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