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Ianomâmis negam que tenha ocorrido massacre na Venezuela
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DA REUTERS, EM SERRA PARIMA
Índios ianomâmis negaram a autoridades e jornalistas que sua aldeia na Venezuela tenha sido cenário de um massacre, e a entidade Survival International também recuou do seu relato inicial sobre a suposta matança de dezenas de pessoas.
A versão inicial do incidente era que garimpeiros brasileiros tinham ido de helicóptero à aldeia de cerca de 80 moradores e cometido uma matança indiscriminada, deixando apenas três sobreviventes.
Carlos Garcia Rawlins/Reuters | ||
Vista aérea mostra comunidade indígena onde teria acontecido um suposto massacre por garimpeiros brasileiros |
Segundo a acusação, o caso havia ocorrido em julho, mas só fora denunciado em agosto por outros índios ianomâmis da remota região amazônica, próxima à fronteira com o Brasil.
"Ninguém matou ninguém", disse o chefe da aldeia na serra Parima, que se identificou apenas como Massupi, falando a jornalistas no local, com a ajuda de um intérprete. "Aqui estamos todos bem", acrescentou ele, vestindo uma tanga vermelha e sentado em frente a uma oca de palha.
HUGO CHÁVEZ
O governo do presidente Hugo Chávez, que se orgulha da atenção dedicada aos direitos dos indígenas, havia prometido investigar o incidente, mas vinha dizendo repetidamente nas últimas semanas que não havia indícios de uma chacina.
Em nota na segunda-feira, a Survival International disse: "Tendo recebido seus próprios testemunhos de fontes confidenciais, a Survival agora acredita que não houve ataque de garimpeiros contra a comunidade ianomâmi de Irotatheri".
"Atualmente não sabemos se essas histórias foram ou não motivadas por um incidente violento, o que é a explicação mais provável, mas a tensão continua elevada na área."
Incidentes entre índios garimpeiros e fazendeiros são relativamente comuns na região. Em 1993, 16 ianomâmis foram mortos num ataque de garimpeiros no Brasil.
Ariana Cubillos/Associated Press | ||
Mães e crianças ianomâmis em aldeia localizada próximo à fronteira da Venezuela com o Brasil |
Na aldeia, Massupi e outros índios pareceram surpresos com a chegada de um helicóptero militar transportando jornalistas. O grupo foi recebido por moradores empunhando lanças, arcos e flechas, mas sorridentes.
Funcionários do governo aproveitaram a visita para entregar roupas e alimentos aos ianomâmis, que falaram aos jornalistas por meio de um intérprete contratado pelo governo.
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