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Países islâmicos continuam protestos contra filme ofensivo a Maomé
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DA EFE
Os protestos contra um ofensivo vídeo sobre a vida do profeta Maomé voltaram a acontecer nesta segunda-feira em vários países do mundo islâmico, quase uma semana depois das manifestações violentas no Egito, Líbia e Iêmen.
Os incidentes mais graves aconteceram no Afeganistão e no Paquistão. Neste país, pelo menos uma pessoa morreu e várias ficaram feridas em um tiroteio na cidade de Warai, no noroeste do país.
Karachi --a capital econômica do Paquistão-- voltou a ser cenário de protestos violentos, como o incêndio de quatro viaturas da polícia, um ônibus e um posto de gasolina na região de Numaish Churangui, no início da noite.
Arif Ali/France Presse | ||
Paquistaneses incendeiam bandeira americana durante protesto contra filme anti-islã, que ofende o profeta Maomé |
As manifestações em Cabul também foram intensas, já que milhares de muçulmanos saíram às ruas para protestar contra os Estados Unidos e para denunciar o que consideram uma cruzada ocidental contra o Islã.
Segundo explicou o chefe da polícia afegã, Mohamad Ayub Salangui, cerca de 500 agentes ficaram feridos quando um grupo de manifestantes disparou contra as forças de ordem na rodovia que conduz à cidade de Jalalabad.
Omar Sobhani/Reuters | ||
Policiais correm em direção aos manifestantes que protestavam contra filme anti-islã em Cabul, no Afeganistão |
Na Indonésia, agentes antidistúrbios dispersaram com canhões de água e gás lacrimogêneo centenas de pessoas concentradas em frente à embaixada dos EUA em Jacarta, depois que duas grandes organizações radicais se juntaram aos protestos.
De acordo com a televisão estatal, pelo menos um agente ficou ferido após ser atingido por uma pedra e outros objetos lançados pelos manifestantes.
Mast Irham/Efe | ||
Manifestantes seguram bandeira americana em chamas, durante protesto contra filme anti-islã em Jacarta, Indonésia |
Na Índia, o grupo separatista muçulmano Khawateen Markaz liderou a manifestação na cidade de Srinagar, na Caxemira, em um protesto no qual foi queimado um cartaz com a bandeira americana.
HIZBOLLAH
As manifestações no Líbano foram as mais pacíficas. O próprio xeque Hassan Nasrallah, líder do Hizbollah, saiu de surpresa de seu refúgio para se unir durante meia hora ao protesto que percorreu o bairro de Dahia aos gritos de "Morte aos EUA" e "Todos os nossos males vêm dos EUA".
O clérigo, considerado um dos líderes mais influentes do islamismo xiita, aproveitou sua aparição nas ruas para advertir Washington que, caso o filme seja integralmente divulgado, "haverá repercussões perigosas em todo o mundo".
Rodeado por um grupo de guarda-costas e celebrado por milhares de libaneses com bandeiras amarelas, Nasrallah insistiu que "nossa fúria não será passageira, é o nascimento de um movimento que deve continuar em toda a Umma (nação muçulmana)".
No Azerbaijão, pelo menos 30 pessoas foram detidas quando a polícia investiu contra um grupo de manifestantes que estava concentrado, sem a permissão das autoridades, em frente à embaixada americana em Baku.
CONTENÇÃO
Enquanto cresce a ira no mundo muçulmano, os líderes ocidentais tentam conter uma maré de indignação que deixou a todos alarmados.
A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou nesta segunda-feira o seu desejo de que não seja exibido em seu país o vídeo anti-Islã e defendeu a necessidade de proteção das representações diplomáticas, que não devem reduzir suas atividades por conta das ameaças.
Sua recomendação foi ignorada pelo partido de extrema-direita
Pro Deutschland que, poucas horas depois, disse que exibiria o filme na íntegra (abaixo, o trailer) em Berlim, em novembro.
Entenda por que o filme sobre Maomé é ofensivo aos muçulmanos
No último sábado, o Google decidiu manter na internet o vídeo, apesar de uma solicitação da Casa Branca para retirá-lo do YouTube. A empresa bloqueou o acesso ao vídeo em países como a Índia, Indonésia, Líbia e Egito, por ordens judiciais e dos governos.
O presidente dos EUA, Barack Obama, voltou a insistir que a segurança das representações diplomáticas é prioridade em comunicado aos embaixadores de seu país.
A prioridade do presidente "é trabalhar com sua equipe para obter mais informações" dos distúrbios e protestos contra alvos americanos em vários países árabes "e garantir que os diplomatas no exterior estejam a salvo", afirmou Jen Psaki, porta-voz da campanha pela reeleição do democrata.
Uma tarefa árdua, já que se uniram aos protestos nas ruas vozes como a do Irã, que exige que os países muçulmanos processem os responsáveis pelo filme.
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