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Subsecretário de Estado dos EUA viaja a Líbia após morte de embaixador
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O subsecretário de Estado americano, William J. Burns, viajou nesta quinta-feira à Líbia para se reunir com autoridades do país quase dez dias após a morte do embaixador Christopher Stevens, em um ataque em Benghazi.
Burns se reunirá com o primeiro-ministro do país, Abderrahim al Keib e o ministro de Relações Exteriores, Achur Ben Khayal. Ele também será recebido pelo premiê eleito, Mustafa Abu Chagur, e o presidente da Assembleia Nacional, Mustafa Abu Chugur.
Em ocasião da visita, o governo líbio organizará uma cerimônia de homenagem ao embaixador e aos funcionários americanos mortos na ação, que, de acordo com Trípoli, foi planejada.
Mais cedo, a titular da pasta, Hillary Clinton, disse que os Estados Unidos trabalham com os líbios para "levar perante a Justiça os assassinos" dos americanos e fornecerá ajuda de agentes do FBI (Birô Federal de Investigações, em inglês).
A Secretária de Estado ressaltou que Washington está "tomando medidas agressivas para proteger" pessoal, consulados e embaixadas no mundo todo.
Para isso, foi iniciada uma revisão extraordinária da segurança necessária nos lugares mais expostos aos protestos contra o filme "A Inocência dos Muçulmanos", considerado ofensivo pelos islâmicos.
Após o ataque mortal, Washington enviou 50 marines e dois navios de guerra, equipado com mísseis de cruzeiro, para a Líbia para proteger suas instalações diplomáticas.
AUTORIA
No sábado (15), a rede terrorista Al Qaeda na Península Arábica reivindicou a autoria do ataque, dizendo que foi uma vingança pela morte do "número dois" da organização, Abu Yehia al Libi, em junho no Paquistão.
Desde a ação na embaixada, as autoridades líbias afirmam que a ação foi premeditada, mas não anunciaram envolvimento de nenhum grupo. Os líbios já prenderam 50 suspeitos de participar no ataque e demitiu dois chefes de segurança.
Na quarta (19), o diretor do Centro Nacional de Combate ao Terrorismo dos Estados Unidos, Matthew Olsen, disse que o ataque ao consulado de Benghazi foi obra de terroristas.
Olsen disse que está sendo investigado se o ataque foi planejado para 11 de setembro, mas que informações iniciais indicam que foi um "ataque oportunista" que "começou e evoluiu, e cresceu durante várias horas".
Militantes bem armados estavam na área, disse ele. "O que nós não temos nesse momento é inteligência específica de que houve um planejamento significativo com antecedência ou coordenação para este ataque."
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