Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
26/09/2012 - 19h26

Mais de mil voltam às ruas de Madri contra medidas de austeridade

Publicidade

DA EFE, EM MADRI

Mais de mil pessoas voltaram a se reunir nesta quarta-feira nas imediações do Parlamento espanhol, no centro de Madri, para protestar contra as medidas de austeridade do governo e a detenção de 35 pessoas que participaram das manifestações de terça-feira.

Os manifestantes se agruparam na Praça de Netuno, localizada junto ao Parlamento e ao Museu do Prado, região muito conhecida da cidade.

A concentração desta quarta está relacionada com o que aconteceu na noite anterior. Na terça-feira, uma manifestação em torno da sede do Parlamento, que seria realizada para protestar contra as medidas do governo espanhol com relação à crise, aconteceu sob forte desdobramento policial e terminou com 35 detidos e 64 feridos, entre eles 27 agentes.

A delegada do governo espanhol em Madri, Cristina Cifuentes, disse que a atuação da polícia durante a manifestação de terça-feira, "foi proporcional" à agressão que os agentes sofreram.

Cifuentes disse que os agentes antidistúrbios que vigiavam o protesto foram alvo dos manifestantes, que lançaram garrafas, parafusos, vidros e "quase 300 kg de pedras".

O protesto foi convocado pelo Movimento 25S e a plataforma "En Pie", a fim de denunciar as carências da democracia e os cortes aprovados pelo governo de Mariano Rajoy.

Na concentração desta quarta, os manifestantes gritaram diversas palavras de ordem como "Que não, que não, que não nos representam" ou "governo renuncia", e pediram a libertação dos 35 detidos no protesto de terça.

Dominique Faget/France Presse
Manifestantes se reúnem nesta quarta, um dia depois de protestos em que mais de 30 pessoas foram presas
Manifestantes se reúnem nesta quarta, um dia depois de protestos em que mais de 30 pessoas foram presas

MARIANO RAJOY

Em uma crítica aos protestos de terça na Espanha, o presidente de governo, Mariano Rajoy, cumprimentou nesta quarta-feira em Nova York a "maioria" de seus compatriotas, "que não tem se manifestado apesar da crise econômica e do duro ajuste do governo".

"Trata-se da imensa maioria dos 47 milhões de pessoas que vivem na Espanha (...). Essa imensa maioria dos espanhóis está trabalhando, fazendo o que pode e dando o melhor de si", afirmou Rajoy em uma conferência no Conselho das Américas, em meio à Assembleia Geral da ONU.

Nesse sentido, Rajoy pediu a seus compatriotas para que estivessem à altura das circunstâncias e não se deixassem levar pelo comportamento de alguns cidadãos. Ele disse que tem uma "estratégia econômica clara e sólida, estabilidade parlamentar e mais de três (anos) para realizar com determinação as reformas necessárias".

"Sabemos o que temos que fazer", disse, admitindo que o ajuste pressupõe muitos sacrifícios, mas que esses serão distribuídos pelo conjunto da sociedade espanhola.

O governo conservador apresentará na quinta-feira seu orçamento para 2013 e um novo plano de reformas, após o qual, segundo os analistas, a Espanha poderá decidir se apresenta a tão esperada solicitação de um resgate para sua economia.

"As atuais circunstâncias são difíceis, mas não nos distraem de nossas responsabilidades. Superaremos essa crise como superamos outras no passado", afirmou Rajoy, que não fez nenhum tipo de referência a um possível pedido de resgate.

Madri, que já obteve uma promessa de ajuda de seus sócios europeus de até 100 bilhões de euros para sanear seu bancos, luta para reduzir seu deficit público a 2,8% do PIB em 2014, frente a 8,9% em 2011. Para isso, o governo já anunciou ajustes de 150 bilhões de euros.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página