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06/10/2012 - 10h49

Advogada diz que não recorrerá de prisão de ex-mordomo do papa

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A advogada Cristiana Arru disse que não recorrerá contra a prisão de Paolo Gabriele, ex-mordomo do papa Bento 16. Ele foi condenado neste sábado a 18 meses de reclusão pelo roubo de documentos confidenciais do pontífice.

Porta-voz do Vaticano diz que papa não descarta perdoar ex-mordomo
Ex-mordomo de Bento 16 é condenado a 18 meses de prisão

Em entrevista à agência de notícias Reuters, ela considerou justa a sentença da Justiça do Vaticano após visita ao apartamento de Gabriele.

Sobre seu cliente, ela disse que estava sereno a respeito de seu destino e recebia o apoio da família. À defensora, Gabriele afirmou estar "pronto para aceitar quaisquer consequências".

A pena de Gabriele foi menor que a pedida pela Promotoria, que esperava uma condenação a três anos de reclusão. O juiz decidiu reduzir a pena porque Gabriele não tem antecedentes criminais.

Ele ainda poderá ser absolvido após perdão do papa Bento 16. Mais cedo, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, declarou que o pontífice não descarta a hipótese.

"A possibilidade de concessão do perdão é muito concreta e verossímil", disse Lombardi, acrescentando que ainda não sabe quando isso acontecerá.

Bento 16 receberá nas próximas horas a sentença do tribunal do Vaticano sobre o caso de vazamento.

ESCÂNDALO

A divulgação de informações deu origem a um livro e provocou um escândalo na Igreja Católica. Entre os papéis extraviados, estão mensagens e e-mails confidenciais, alguns dirigidos a Bento 16, que foram enviados para fora do Vaticano.

A imagem da Santa Sé foi abalada pelo vazamento, o que provocou uma das maiores crises do papado de Bento 16, já que colocou em questão inclusive a sua liderança como guia da Igreja.

Segundo a imprensa italiana, Gabriele não agiu sozinho e a operação tem como objetivo desacreditar um setor do episcopado italiano com ambições de chegar ao cargo.

Estes documentos revelam as disputas e rancores que existem entre diversos cardeais e autoridades, que acusam uns aos outros e depois recorrem ao papa para dirimir os conflitos.

 

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