Atirador que feriu congressista deve pegar prisão perpétua nos EUA

O atirador que confessou ser responsável por um massacre no Arizona em 2011, que deixou entre os feridos a ex-congressista americana Gabrielle Giffords, deve ser sentenciado à prisão perpétua nesta quinta-feira.

Seis pessoas morreram e outras 13 ficaram feridas pelos disparos de Jared Lee Loughner. Em janeiro do ano passado, ele abriu fogo contra pessoas que participavam de um evento político na cidade de Tucson. Mais tarde, ele confessou a intenção de matar Giffords, que era vista como um estrela em ascensão no Partido Democrata.

Giffords e seu marido, o ex-astronauta Mark Kelly, ficaram bastante machucados após o atentado. Atualmente, a ex-congressista tem dificuldades em sua fala e luta contra outras sequelas físicas, em consequência dos ferimentos que sofreu.

	AFP
	À esq., Gabrielle Giffords, ex-congressista democrata. À dir., o atirador Jared Loughner, que a feriu em atentado

A ex-política e seu marido compareceram ao julgamento. As expectativas são de que Loughner receba sete condenações consecutivas de prisão perpétua por seus crimes, sem a possibilidade de condicional. O acordo foi proposto pela Promotoria e aceito pelo advogado do atirador, que aceitou os termos para evitar que seu cliente fosse sentenciado à morte.

Em agosto, Loughner confessou num tribunal federal ter cometido 19 crimes no dia do tiroteio num tribunal. No acordo obtido por seu advogado, outras 30 acusações contra Loughner foram derrubadas.

Especialistas convocados para o julgamento disseram que ele é esquizofrênico e que sofre de delírios.

Giffords renunciou à sua vaga no Congresso americano para poder focar em sua recuperação. Ela foi substituída por seu assessor, que também ficou ferido no atentado.