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Putin diz que enfrentará eventuais cobranças sobre direitos humanos
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DARYA KORSUNSKAYA
TIMOTHY HERITAGE
DA REUTERS
O Kremlin denunciou um crescimento da retórica anti-Rússia na Alemanha, nesta quinta-feira, antes de uma visita da chanceler Angela Merkel, e deixou claro que o presidente Vladimir Putin não vai ceder, se ela tentar lhe dar um sermão sobre direitos humanos.
Merkel deve cumprir o pedido do Parlamento alemão e pressionar Putin a respeito do que críticos dizem ser um endurecimento da repressão à dissidência desde o seu retorno à Presidência, em maio deste ano.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, assinalou que Putin defenderia a posição e, apesar de intensificar falas sobre um resfriamento na relação entre os dois países, disse que os laços econômicos eram fortes o bastante para garantir que as relações com Berlim continuariam firmes.
Merkel, que assistirá a uma conferência antes de encontrar com Putin, nunca teve com ele uma relação tão forte quanto seu predecessor, Gerhard Schroeder, mas laços comerciais e de negócios entre os dois países mantiveram-se fortes.
A pressão sobre a chanceler vem aumentando, contudo, para questionar Putin sobre direitos humanos, depois dos maiores protestos contra o seu governo desde que ele assumiu pela primeira vez em 2000, e a introdução de leis que críticos dizem ter como propósito sufocar a oposição.
As críticas a Putin, que serviu como espião da KGB em Dresden (Alemanha) durante cinco anos, alimentaram conversas sobre um resfriamento das relações entre as duas potências europeias, especialmente porque Putin tem se irritado com o que ele entende serem tentativas de ensiná-lo sobre democracia.
Peskov creditou o aumento do sentimento contrário aos russos ao que ele disse ser uma "contagem de pontos" no início da campanha das eleições federais alemãs no ano que vem.
"Nós não gostaríamos de ver as relações entre Rússia e Alemanha usadas desta maneira, porque este é um relacionamento único em alcance, diversidade e perspectivas promissoras", ele declarou.
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