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Rei espanhol pede apoio da América Latina para tirar país da crise
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DA EFE
A Cúpula Ibero-Americana foi inaugurada nesta sexta-feira (16) pelo rei da Espanha, Juan Carlos 1º, com um apelo para que Espanha e Portugal aproveitem a bonança econômica da América Latina para estimular o seu crescimento.
Em seu discurso, o rei espanhol pediu para se aprofundar a cooperação entre os países que compõem a região ibero-americana, para "se fazer ouvir no mundo com uma só voz".
O rei afirmou que a "região ibero-americana está em alta" e que, embora persistam as desigualdades, há uma classe média pujante que luta para encontrar seu lugar nesta nova sociedade.
"Necessitamos mais Ibero-américa", proclamou o chefe de Estado espanhol na cerimônia inaugural da 22ª Cúpula Ibero-Americana, realizada no Gran Teatro Falla, na cidade espanhola de Cádiz.
Para o secretário-geral ibero-americano, Enrique Iglesias, as mudanças nas relações internacionais, a crise econômica dos países desenvolvidos e especialmente os da União Europeia e os Estados Unidos e a bonança latino-americana caracterizam o momento em que acontece a reunião.
A cúpula de Cádiz acontece em um momento em que Espanha e Portugal atravessam uma crise econômica aguda com "profundas repercussões sociais", enquanto os países do continente americano atravessam uma década de bonança refletida em altas taxas de crescimento e forte queda da pobreza, afirmou Iglesias.
O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, considerou em seu discurso que a América Latina pode fornecer muito à Espanha e à Europa em um momento de dificuldade como o atual, depois do sucesso que teve devido a sua "determinação, esforço e paciência", e na combinação de austeridade com políticas próprias de crescimento e coesão social.
"Mais América Latina na Europa e na Espanha é uma receita imbatível para enfrentar os atuais desafios", afirmou Rajoy.
PRESENÇAS E AUSÊNCIAS
Participaram da cerimônia 15 chefes de Estado e Governo assim como a rainha e os príncipes das Astúrias, e chanceleres de toda a comunidade ibero-americana.
Da cúpula, que pela terceira vez acontece na Espanha, não participaram sete chefes de Estado. Às ausências já anunciadas juntou-se hoje "por razões de força maior" a do nicaraguense Daniel Ortega.
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e do Uruguai, José Mujica, não viajaram para Cádiz por motivos de saúde, e também não participaram os da Venezuela, Hugo Chávez, e de Cuba, Raúl Castro.
Federico Franco, presidente do Paraguai, não foi a Cádiz para não entorpecer a presença de outros países que vetaram seu país em organizações latino-americanas, após a cassação de seu antecessor, Fernando Lugo; e o chefe de Estado guatemalteco, Otto Pérez Molina, cancelou sua viagem por causa do terremoto em seu país.
Os últimos a chegar foram os presidentes do Chile, Sebastián Piñera, e do Peru, Ollanta Humala. O presidente de El Salvador, Mauricio Funes, não chegou a tempo de participar da cerimônia de inauguração.
A Declaração de Cádiz e o Programa de Ação aglutinam os temas e decisões desta reunião, que tem um forte acento econômico e onde não surgiram outros temas políticos relevantes.
A estes documentos, que serão assinados neste sábado pelos chefes de Estado e de Governo, se acrescentam uma dúzia de comunicados especiais, que abordam temas variados, como o embargo dos EUA a Cuba, as Malvinas, a folha de coca, a mudança climática, o assassinato de mulheres, a inclusão dos incapacitados no mercado de trabalho e a declaração de 2013 como Ano Internacional da Quinua.
Também aprovarão um comunicado de apoio à candidatura da Espanha ao Conselho de Segurança da ONU como membro não permanente.
CIRURGIA
Em seu discurso, o rei Juan Carlos 1º também afirmou que será submetido a uma cirurgia no quadril na próxima semana, sem dar maiores detalhes.
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