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UE enfrenta impasse, e cúpula deve acabar sem acordo sobre Orçamento
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O impasse provocado pelas divergências entre França, Alemanha e Reino Unido, as três principais economias da União Europeia, deve fazer com que os 27 países saiam sem um acordo definido da cúpula sobre o Orçamento.
O encontro deveria determinar os gastos do bloco para o período entre 2014 e 2020. A previsão é que seja feito um corte de € 80 bilhões (R$ 208 bilhões) nos gastos, que estão avaliados em € 973 bilhões (R$ 2,57 trilhão). A definição acontece em meio à forte crise provocada pelo endividamento público.
A reunião recomeça nesta sexta-feira, após avaliação do Orçamento proposto pelo presidente do Conselho Europeu, Herman Von Rompuy, na noite de quinta (22). O projeto foi recusado pela maioria dos países por ter cortes demais ou de menos.
Nesta sexta, a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, disse não acreditar que os líderes europeus cheguem a um acordo. Para ela, as posições dos líderes estão muito distantes e será avaliada a necessidade de uma segunda etapa, que seria marcada no início de 2013.
A chefe de governo considera que não é uma situação dramática se o bloco europeu não conseguir um consenso nesta reunião. Ela não comentou sobre o teor dos cortes orçamentários.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, avalia a proposta como insuficiente e pediu um corte de gastos "mais razoável". Ele considera que não é o momento de fazer pequenos ajustes, nem tirar o dinheiro de uma parte do Orçamento para outra.
"Não acho que temos avanços suficientes. Não evoluímos nas propostas de cortes ou nos gastos adicionais".
MENOS CORTES
Do outro lado, o presidente de governo da Espanha, Mariano Rajoy e o presidente da França, François Hollande, rejeitaram a medida por causa dos cortes de € 7,7 bilhões na Política Agrícola Comum, o que afetaria as economias dos dois países e de integrantes mais pobres do bloco.
Os dois representantes se reúnem nesta sexta para definir uma postura sobre o Orçamento. O corte de ajudas é a principal preocupação das economias menores da União Europeia, especialmente as mais afetadas pela crise, como Portugal, Irlanda e Grécia.
Os recursos poderiam ser usados para a recuperação das economias e da geração de emprego nesses Estados, o que contribuiria para que eles saíssem da recessão.
A discussão do Orçamento replica as discordâncias entre os dois blocos de potências sobre a condução da crise econômica. De um lado, Alemanha e Reino Unido, que pedem mais austeridade, e do outro, França, Itália e Espanha, que defendem mais incentivo econômico.
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